O número de armas para uso pessoal no Brasil cresceu exponencialmente durante o governo Bolsonaro. Entre 2019 e 2022, a quantidade mais do que dobrou, passando de 1.320.582 para 2.965.439 neste período. Além disso, ao final do ano passado, a proporção para Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CACs) ficou maior do que para membros de instituições militares.
O aumento de armas no governo Bolsonaro
Os dados relativos ao aumento de armas tiveram organização dos institutos Sou da Paz e Igarapé, por meio da Lei de Acesso à Informação. O uso pessoal inclui CACs, caçadores de subsistência, servidores civis, cidadãos comuns com registro para defesa pessoal e membros de instituições militares.
Em 2018, quando o presidente da República ainda era Michel Temer, 47% das armas para uso pessoal no Brasil pertenciam a membros de instituições militares. Nessa época, apenas 27% pertenciam a CACs, com os 26% restantes ficando entre os outros grupos.
Em 2022, ao final do governo Bolsonaro, a proporção passou a ser de 42,5% das armas em posse de CACs, assumindo a primeira posição nesse quesito. Para se ter uma ideia, o número total desse grupo da sociedade era de 59.417 registros em 2018. No ano passado, chegou a 431.137.
No início do governo Lula, em 2023, o presidente editou o decreto que revoga normas que ampliam e facilitam o acesso da população a armas de fogo e munição.