O índice de motoristas que se recusaram a fazer o teste de bafômetro nas rodovias federais que cortam o estado sofreu um aumento de 84,3%, em 2022. Ao todo, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 2.544 condutores com sinais de embriaguez, mas que optaram por não soprar o aparelho. O número equivale a seis condutores autuados por dia ou 212 ao mês.
Em todo o ano de 2021, o número chegou a 1.380. Porém, se comparado ao ano de 2020, o aumento é ainda maior, de 146%. O mesmo se deu, mas de forma menos significativa, com os casos de embriaguez ao volante, que cresceram 70%, saltando de 348 (em 2021) ocorrências para 593 (em 2022). Segundo a corporação, apenas este ano mais de 300 condutores foram flagrados sob o efeito do álcool.
Do total de motoristas submetidos ao teste no ano passado, 247 foram presos. O número é 47% maior do que o contabilizado em 2021, onde 168 pessoas foram presas, conforme a PRF.
“Os flagrantes de pessoas embriagadas nas rodovias, infelizmente, é comum. Diariamente a PRF faz fiscalizações e encontram várias pessoas embriagadas. Algumas fazem o teste do etilômetro e outras acabam recusando”, explica o policial rodoviário federal, Rubens Rodrigues.
Perfil
Ainda de acordo com Rubens, as pessoas que são flagradas nestas condições são condutores de veículos leves (automóveis, caminhonetes e motocicletas) e pesados (caminhões). Todavia, com menor frequência, também são flagrados motoristas de ônibus. Já as idades são variadas, podendo ser jovens e até idosos.
Na última segunda-feira, 13, por exemplo, um caminhoneiro de 37 anos foi preso após ser flagrado dirigindo embriagado pela BR-153, em Itumbiara. O motorista foi submetido ao teste de bafômetro, que constatou 1,71 mg/l. Foi o maior teor alcoólico registrado em 2023, sendo também o segundo maior já constatado nas rodovias federais desde que a lei seca entrou em vigor, em 2008.
Ainda de acordo com a corporação, o homem dirigia a carreta rumo à Goiânia quando foi visto por policiais fazendo zigue-zague pela pista. Ao abordarem o caminhão, os agentes constataram que o motorista estava de cueca, além de apresentar um forte odor etílico e clara confusão mental.
“O motorista que se envolve em um acidente, muitas vezes, está sob o efeito do álcool. Isso agrava a segurança no trânsito, visto que o uso de álcool acaba influenciando no tempo de reação do motorista. Uma pessoa normal leva menos de um segundo para ter uma reação, já o motorista bêbado pode levar até mais de seis segundos”, afirma Rubens.
Carnaval
Rubens conta ainda que em datas comemorativas, como feriados, a PRF intensifica a fiscalização nas rodovias federais, a fim de prevenir acidentes. Neste Carnaval, por exemplo, não será diferente.