A inadimplência goiana sofreu um aumento de 10,5% em janeiro de 2023, se comparado ao mesmo período do ano passado. O aumento foi maior do que a média nacional (7,7%), conforme pesquisa divulgada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil.
Ainda de acordo com o levantamento, cada pessoa endividada devia, em média, R$ 4,2 mil somando todos os débitos. Em relação ao período de atraso das dívidas, na capital, esse tempo é superior a dois anos (25,9 meses), sendo que 31,34% possuem débitos entre 1 e 3 anos.
A faixa etária entre 30 e 39 anos concentrou mais de 25% das pessoas inadimplentes. Já em relação ao gênero, as pessoas endividadas são equilibradas: 50,96% são homens e 49,04% mulheres.
Bancos são os maiores vilões
O setor econômico com participação mais expressiva no número de dívidas foi o de bancos, com 60,04%. Na sequência estão água e luz (11,55%), comunicação, (10,99%), comércio (9,07%) e outros (8,34%).
Ao observar a quantidade de contas em atraso, cada consumidor goianiense possuía em janeiro uma média de 2,079 dívidas. O índice ficou abaixo da média da região Centro‐Oeste (2,080 dívidas por pessoa inadimplente) e acima da média nacional registrada no mês (2,018 dívidas para cada pessoa inadimplente).
Falta de emprego contribuiu
Para o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (DCL), Geovar Pereira, o desemprego pode ter contribuído para o aumento de pessoas endividadas no estado.
“Fica claro que a população ainda não conseguiu se organizar financeiramente. O consumidor não deseja ficar inadimplente, a inadimplência vem em decorrência de algum fato, como a perda de emprego. Neste caso, a expectativa de trabalho seria um dos primeiros passos para reduzir o índice de endividamento”, explica.