Lula acompanha assistência a vítimas de temporais em São Paulo

temporais

O presidente Lula acompanhará de perto os trabalhos de assistência a vítimas no litoral paulista nesta segunda-feira, 20. As chuvas fortes sobre o estado de São Paulo e os riscos de morte teriam sido informados por especialistas ao governo estadual. As informações oficiais são de que 36 pessoas morreram por causa dos temporais, além de 228 desalojados e 338 desabrigados no litoral paulista. 

 

Os estragos motivaram o cancelamento da festa de carnaval em alguns municípios devido a problemas de comunicação e estradas bloqueadas. A cidade de São Sebastião foi a mais destruída pelos temporais. Os prejuízos humanos e materiais teriam sido ainda maiores se as chuvas tivessem se concentrado nas encostas, onde moram muitas famílias carentes. 

 

“Assim que um sistema de baixa pressão sobre o litoral norte de São Paulo foi detectado, o Cemaden [Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais] conversou com a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), nós convidamos a Casa Militar do governo de São Paulo, traçamos o cenário e fizemos uma reunião”, afirmou o diretor do Cemaden, Osvaldo de Moraes, em entrevista à CNN.

 

A explicação para a “frente fria extremamente intensa e anômala” é um sistema de baixa pressão formado por calor e umidade que se encontrou comum o oposto sobre São Paulo. Há previsão de mais chuvas hoje.

Embora o volume de água tenha sido bastante alto para um curto período de tempo – 600 mm de chuva em 24 horas -, ações estatais já deveriam ter sido implementadas para evitar tragédias relacionadas a temporais recorrentes em diversas regiões do País durante o verão. Moraes sugere  a instalação de sirenes e a contenção de áreas propícias a efeitos geodinâmicos.

 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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