SMS inicia mapeamento das áreas de proliferação do Aedes aegypti em Goiânia

“Com mais mosquitos no ambiente, o número das doenças causadas por ele tende a crescer”

A Prefeitura de Goiânia em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), deu inicio hoje ao mapeamento das áreas de risco para infestação do mosquito. Com objetivo de antecipar o aumento do número de casos de dengue em Goiânia. Mas, com as pancadas de chuva diárias e altas temperaturas, o verão é a época do ano ideal para que o Aedes aegypti se prolifere e transmita além de dengue, zika e febre de chikungunya.

Durante toda semana, 520 agentes percorrerão a cidade de norte a sul para coletar os dados do Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa). A expectativa é que 27.000 imóveis de todos os bairros da Capital serão vistoriados até a próxima sexta-feira (12). Com esse registro será possível definir quais os pontos mais críticos de infestação do mosquito na capital e dessa forma criar um panorama do cenário atual da cidade para guiar as ações de combate. “O estudo é importante para planejar estratégias”, afirma a superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim.

A SMS prevê que até a próxima semana o resultado do estudo deve ser divulgado e as ações nas áreas de maior vulnerabilidade serão intensificadas. Criadouros disponíveis, água em abundância e calor constituem um ambiente favorável para proliferação do mosquito.  Diante da circulação do sorotipo tipo 2, a SMS se prepara para um aumento das notificações de dengue na Capital. “Com mais mosquitos no ambiente, o número das doenças causadas por ele tende a crescer”, alerta Flúvia Amorim.

Dados

Em 2017 foram realizados três estudos sobre a infestação do Aedes aegypti em Goiânia. O primeiro, em janeiro, apontou um valor de 1,39%, o que sinaliza uma situação de alerta para epidemia de doenças causadas pelo mosquito. Com a chegada do período seco, os números caíram e alcançaram os valores classificados como satisfatórios de 0,95%, em junho, e 0,31% em outubro.

No decorrer do ano, houve 33.580 casos de dengue notificados, número que apesar de ser quase 50% inferior a quantidade de 2016 (61.089) preocupou devido à alta proporção de situações graves e os óbitos por dengue chegaram a 15 no ano passado. “De cada mil notificações, quase duas foram consideradas de maior gravidade”, ressalta Fúlvia Amorim.

Sobre a chikungunya, a preocupação se dá diante do aumento dos casos autóctones, ou seja, aqueles que têm origem no próprio município. Assim, das 12 confirmações, seis ocorreram em pessoas que se infectaram em Goiânia. A doença desperta o alerta das autoridades em saúde devido à vulnerabilidade da população ao vírus. Em 2017 foram notificados 85 casos da febre na Capital.

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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