Em 2023, Goiás tem mais casos de dengue do que no mesmo período de 2021

Em 2023, Goiás registra mais casos de dengue do que em todo o ano de 2021

Em menos de dois meses de 2023, Goiás já registra mais casos de dengue do que o mesmo período de 2021. Até o momento, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) confirmou 7.392 casos da doença, enquanto no ano retrasado foram 6.052. A quantidade ainda é consideravelmente menor do que em 2022, de 36.781, mas vem gerando alerta em solo goiano.

A quantidade alarmante de casos de dengue em Goiás

Na página da SES-GO contendo dados da dengue em Goiás, o órgão organiza estatísticas desde o ano de 2015. A última atualização da página aconteceu na manhã desta quarta-feira, 22. Portanto, os dados de 2023 incluem informações de 52 dias completos.

Como o total até agora é de 7.392 casos confirmados, proporcionalmente são 142,1 casos por dia. Se essa proporção continuar até o final do ano, 2023 terá seu desfecho com um total de 51.866 casos. Por isso, o estado já acende o sinal de alerta.

O Governo de Goiás definiu como uma das prioridades para a área da saúde neste ano o combate efetivo ao mosquito Aedes aegypti e a prevenção às doenças causadas pelo vetor, em especial a dengue, chikungunya e zika.

Atualmente, 172 municípios goianos estão com risco baixo de proliferação da dengue, 59 com risco médio (Goiânia e Aparecida de Goiânia inclusas) e 15 com risco alto.

Nesse último grupo, incluem-se as seguintes cidades: Araguapaz, Buriti de Goiás, Firminópolis, Gameleira de Goiás, Jataí, Mairipotaba, Ouro Verde de Goiás, Ouvidor, Palmeiras de Goiás, São João da Paraúna, São Luís de Montes Belos, São Patrício, São Simão, Turvânia e Turvelândia.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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