Banco de Alimentos da OVG supera marca de 5 milhões de alimentos distribuídos

Responsável pela distribuição de frutas, verduras e legumes in natura para famílias vulneráveis e entidades sociais de Goiânia e Região Metropolitana, o Banco de Alimentos da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), unidade do Governo de Goiás, superou a marca de cinco milhões de quilos de alimentos arrecadados com concessionários, permissionários e pequenos produtores que atuam nas Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa-GO). Os alimentos, que são separados e higienizados antes de serem doados, contribuem com o combate à fome e o fortalecimento da saúde dos beneficiários, com base nas recomendações nutricionais.

Desde que a OVG assumiu o Banco de Alimentos, em julho de 2019, a unidade beneficiou 268 instituições sociais e 3.390 famílias. Além da doação de frutas e hortaliças, como auxílio na luta contra a fome, o Banco de Alimentos promoveu, em todo o Estado, ações de educação alimentar e nutricional com participação de 1.562 entidades sociais que cuidam de crianças, grávidas, idosos, gestantes e pessoas em tratamento de saúde, e para 2.441 famílias em situação de vulnerabilidade social. Ao todo, 52 mil pessoas já foram beneficiadas pela iniciativa.

De acordo com a presidente de honra da OVG e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais (GPS), primeira-dama Gracinha Caiado, tudo isso é resultado do trabalho sério do Governo de Goiás junto aos mais necessitados. “Saber que mais de 50 mil pessoas foram beneficiadas pelo Banco de Alimentos é uma alegria enorme para todos nós. Quando pensamos nessa quantidade de gente, temos a certeza de que essa é uma missão que deve ser fortalecida cada vez mais, como temos feito desde 2019”. Gracinha Caiado completa dizendo que não é apenas um número expressivo, “são 52 mil pessoas que venceram a fome com a ajuda do Governo de Goiás”.

Quando chegou ao Banco de Alimentos em setembro de 2022, Daiana Alves, 39 anos, se encontrava numa situação difícil. Desempregada, ela soube da iniciativa por uma amiga. “Aquela notícia me encheu de esperança, porque eu soube que não estava sozinha, que não estava desamparada”, conta Daiana, que vive com o filho, Ravi, de um ano e cinco meses.

Assim como ela, o aposentado Antônio Aureliano, 73 anos, também encontrou alento no Banco de Alimentos da OVG. “Quando a gente vai em alguma consulta, o doutor diz que a gente tem que comer fruta e verdura para fortalecer, mas não é toda semana que sobra para fazer a feira. Agora, com esse serviço aqui da OVG, ajuda demais. Eu mesmo passei a ser mais sadio depois que passaram a me ajudar”.

Banco de Alimentos

O Banco de Alimentos da OVG funciona em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa-GO) e distribui, em média, 120 toneladas de hortifruti por mês a famílias vulneráveis e entidades sociais.

Em outubro de 2021, o atendimento foi ampliado com o lançamento do Programa NutreBem. Desde então, 128 mil unidades do Mix do Bem, que inclui arroz, proteína de soja, cenoura, tomate, alho e cebola desidratados, e legumes embalados a vácuo, e 32 mil embalagens de frutas desidratadas também foram doadas às famílias em vulnerabilidade, tanto na capital quanto no interior do Estado.

Segundo a diretora-geral da OVG, Adryanna Melo Caiado, essa ampliação possibilita que os alimentos cheguem a ainda mais famílias, independentemente da distância. “Com os alimentos in natura, que são muito perecíveis por serem frescos, tínhamos o obstáculo da logística. Então, distribuíamos apenas nos municípios mais próximos do Capital”.

Como se cadastrar?

Para receber as frutas, verduras e legumes distribuídos pelo Banco de Alimentos, famílias em vulnerabilidade e representantes de instituições sociais podem se dirigir diretamente à unidade, que fica nos fundos da Ceasa, no Jardim Guanabara, em Goiânia, com documentação pessoal. A lista de documentos pode ser acessada no site ovg.org.br.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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