Inconformado, homem sequestra ex-namorada e a esconde em Goianira

Inconformado com o fim do relacionamento, homem sequestra ex-namorada e a esconde em Goianira. De acordo a Polícia Militar (PM),  a jovem, que não teve o nome revelado, foi raptada em Araguapaz e levada dentro do porta-malas até a região Metropolitana de Goiânia, onde foi resgatada na última segunda-feira, 27, após 20 horas, de cárcere privado. Os policiais registraram o momento em que encontraram a vítima. (Veja ao final da matéria)

De acordo com a PM, a mulher estava em um cômodo no fundo da casa do suspeito. Ela tinha com várias marcas de agressão.  No quarto, onde a mulher estava trancada, havia uma marmita no chão, uma banana, uma garrafa de água e uma corda.

As investigações do possível paradeiro da vítima começaram após  a família dela notificar a desaparecimento. De imediato, os agentes suspeitaram que o ex-companheiro da mulher poderia estar envolvido no sumiço.

Rapidamente, eles conseguiram localizar o endereço do homem e, então, realizaram um monitoramento por algumas horas. Como não houve movimento, a equipe precisou arrombar o portão para entrar na residência. 

Ao entrarem na casa, os policiais encontraram o suspeito e a atual namorada dele. A corporação afirmou que a mulher não participou do sequestro da vítima, mas estava ciente do crime. O homem foi preso em flagrante e a atual mulher encaminhada à delegacia. 

Vítima dividia espaço com cordas, comida e água. (Foto: Divulgação/PM)

Sequestro

O homem cometeu o crime por não aceitar o fim do relacionamento com a vítima, conforme a PM. Ele criou um perfil falso nas redes sociais e marcou um encontro com a ex-mulher em uma praça de Araguapaz. Em um vídeo gravado pela polícia, a vítima conta que chegou na praça de bicicleta e ao ver o ex-companheiro tentou correr.

“Eu corri dele e ele me alcançou, me deu uns murros na cabeça, me jogou no porta-malas e me levou para uma estrada de chão”, relatou.

O homem viajou com a mulher vendada e amarrada por horas, até chegar em Goianira. A mulher contou aos policiais que viveu momentos de terror e achou que seria morta. Após ser liberta, a mulher realizou o exame de corpo de delito, que apresentou escoriações, hematomas e marcas de amarração nas mãos e nas pernas.

“Eu pedia pelo amor de Deus para ele não me matar”, disse.

A vítima já tinha medidas protetivas abertas contra o homem. A polícia acredita que se ela não tivesse a resgatado, ela teria sido morta pelo ex-companheiro.

Mulher foi espancada pelo ex-companheiro. (Foto: Divulgação/PM)

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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