Programa visa realização de atividades de educação em áreas públicas municipais

Um projeto de lei em tramitação na Câmara cria, em Goiânia, um Programa de Estímulo para a Realização de Atividades de Educação Complementar para crianças e adolescentes em áreas públicas municipais. De autoria do vereador Lucas Kitão (PSL), a proposta visa, para o desenvolvimento do programa, a parceria entre as Secretarias de Educação e do Meio Ambiente e instituições sem fins lucrativos, legalmente constituídas, que ofereçam atividades complementares para crianças e jovens – caso, por exemplo, da Regional Goiás da União dos Escoteiros do Brasil.

De acordo com a matéria, os lugares a serem utilizados para a prática das atividades em questão vão desde parques públicos ou áreas de conservação até espaços físicos de escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), passando por partes prediais que estejam desocupadas ou em desuso, durante os finais de semana e nos dias em que não haja atividades regulares nos locais.

“Fora do período regular de suas atividades, os locais citados em nosso projeto se encontram ociosos e, por muitas vezes, são depredados; continuam a gerar despesas, causando, assim, prejuízos ao erário público”, justifica Lucas Kitão. “Ocupar lugares como parques públicos e os demais com atividades educativas complementares beneficiará a comunidade ao criar alternativas saudáveis para as faixas etárias envolvidas, influenciando diretamente no bem comum”, argumenta.

Conforme a proposta do vereador, as instituições sem fins lucrativos interessadas deverão apresentar seu programa educativo para que o mesmo seja aprovado pela Secretaria Municipal de Educação, além de um projeto de preservação e manutenção em casos de áreas de preservação ou parques públicos, para que seja analisado e aprovado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente. As instituições contempladas assinarão termo de uso e permanência – passível de cancelamento a qualquer momento se não atenderem mais a nenhum dos pré-requisitos estabelecidos -, podendo construir sua sede administrativa, caso seja necessário, com autorização dos dois órgãos, sem, contudo, pleitear direitos de propriedade sobre a área construída.

“Motivar a presença das instituições sem fins lucrativos que visam trabalhar em prol do bem comum e de um futuro melhor é reforçar a preocupação do Município para com uma cidade mais humana, com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais alto e que proporciona uma maior e melhor qualidade de vida aos seus cidadãos”, avalia Lucas Kitão.(Patrícia Drummond/Assessoria da Câmara Municipal de Goiânia)

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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