Decreto que amplia captação de recursos no Programa Goyazes entra em vigor

Congadas de Catalão receberam incentivo do Governo de Goiás por meio do Programa Goyazes

O decreto que permite que empresas de pequeno e médio porte patrocinem eventos culturais no Estado foi publicado no suplemento do Diário Oficial da última terça-feira,28. A nova legislação amplia as possibilidades de captação de recursos dos projetos aprovados pelo Programa Goyazes.

“Qualquer empresa, seja micro, pequena, média ou grande, pode ser apoiadora dos projetos culturais. Só precisa recolher ICMS para ter direito aos benefícios do Programa Goyazes de apoio à nossa cultura”, ressalta o governador Ronaldo Caiado. A nova medida tem o objetivo de facilitar ainda mais a captação dos recursos pelos artistas e produtores culturais.

“Esse decreto facilita a vida do realizador dos projetos, que agora pode buscar patrocínio em um número muito maior de empresas. Pode ser até no comércio do bairro ou na lojinha do amigo”, explica a secretária interina de Estado da Cultura, Yara Nunes.

O decreto nº 10.227 agrega à legislação estadual o convênio ICMS nº 35, de 16 de abril de 2020, que autoriza a concessão de crédito presumido do ICMS aos contribuintes enquadrados no programa estadual de incentivo à cultura. Com a mudança, agora o empresário pode converter até 100% do imposto em patrocínio de algum projeto aprovado no Programa Goyazes.

Acesso ampliado

Com a nova legislação, estabelecimentos de pequeno e médio porte também poderão participar do Programa Goyazes. Na prática, se uma empresa paga R$ 3 mil de ICMS , ela poderá destinar os R$ 3 mil para patrocinar projetos culturais aprovados pelo mecanismo de incentivo.

Antes, estava vigente o Convênio ICMS nº 27/2006, que estabelecia o limite do crédito presumido do ICMS de 0,01 a 3% do montante da receita anual do imposto relativo ao exercício anterior da empresa, permitindo apenas negócios de grande porte o acesso ao programa.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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