No último mês, vendas de motos crescem 34,1% em relação à fevereiro de 2022

No último mês, vendas de motos crescem 34,1% em relação à fevereiro de 2022

De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em balanço desta quinta-feira, 3, a venda de motos no Brasil cresceu 34,1% em fevereiro de 2023, em comparação ao mesmo mês do ano passado. No total, foram vendidas 100,5 mil motocicletas no período. Em relação a janeiro, os emplacamentos caíram 9%.

As vendas de motos no Brasil em fevereiro

O balanço da Fenabrave, que representa as concessionárias no território nacional, indica o crescimento principalmente por conta da expansão dos serviços de entrega. Além disso, o fato das motos serem mais econômicas quanto a combustível e o próprio preço de compra contribuíram para essa alta.

“A demanda segue alta, já que se trata de um veículo essencial para a logística urbana das cidades e para o qual muitos motoristas de automóveis e comerciais leves têm migrado”, afirma José Maurício Andreta Júnior, presidente da Fenabrave. No acumulado entre janeiro e fevereiro de 2022, houve o crescimento de 28,2% nas vendas.

O grande problema das motos é a grande incidência de acidentes de trânsito. Em 2022, mais de 70% das ocorrências tiveram envolvimento de tais veículos. Vale ressaltar que 197 motociclistas morreram no ano passado apenas em Goiânia.

“Muitos condutores utilizam a motocicleta de forma inadequada, não respeitam as regras e a sinalização. Por exemplo, trafegam pelos corredores, fazem manobras arriscadas. Além disso, por ser um veículo de duas rodas, a pessoa está totalmente vulnerável”, explica a delegada titular da Delegacia de Crimes de Trânsito (Dict), Maíra Lídia.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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