18 mil universitários devem renovar o Programa Bolsa Universitária em 2018

“Além de cumprir as horas as utilizo também como horas complementares na faculdade e agrego conhecimento”

O prazo para renovação do Programa Bolsa Universitária (PBU) vai até o dia 23 deste mês, e é obrigatório para os estudantes que já são veteranos sendo feita de forma online. A Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) tem expectativa de que 18 mil universitários realizem o procedimento. Caso não seja feita o estudante terá seu beneficio cancelado. E somente os bolsistas que cumpriram corretamente a contrapartida exigida pelo programa é que podem realizar o processo. Para renovar é preciso acessar o site da OVG (www.ovg.org.br) e clicar no portal da bolsa universitária, nos links Aluno e Central do Aluno.

O PBU foi criado no ano de 1999 e tem como objetivo oferecer bolsas de estudo a universitários comprovadamente sem condições de custear o curso em uma das instituições de ensino superior de Goiás ou mesmo em fundações municipais que cobram mensalidade.

Desenvolvido pela Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), o programa já tem beneficiados até hoje 187 mil estudantes. A Bolsa Universitária conta com um portfólio de 73 Instituições de Ensino Superior credenciadas, com sedes em 32 municípios, e milhares de estudantes distribuídos em 223 municípios goianos.

Para os estudantes que precisam realizar a contrapartida o programa tem cadastradas 1.352 entidades parceiras para o cumprimento da contrapartida, uma exigência humanitária feita aos bolsistas. Assim, passam a atuar em instituições governamentais ou não governamentais, cumprindo jornada compatível com seus horários na faculdade ou no emprego. Dessa forma, eles têm a chance de atuar em abrigos de idosos, hospitais, escolas, presídios, creches e outras entidades, ao mesmo tempo em que adquirem a necessária prática em suas áreas de formação profissional.

O estudante Washington Tales Candido, 21 anos, que cursa o sexto período de Administração, estava no primeiro período quando ficou sabendo por colegas sobre a possibilidade de ganhar o beneficio da Bolsa Universitária pela OVG. Então, aguardou o lançamento do edital para fazer a inscrição, e logo depois realizar a entrega dos documentos solicitados para avaliação. Após a entrega o universitário foi para fase de entrevista sendo selecionado para Bolsa Integral.

A Bolsa Integral contempla estudantes com renda bruta familiar de até três salários mínimos. Já a Bolsa Parcial tem como objetivo beneficiar alunos com renda bruta familiar de até seis salários mínimos. O valor varia de acordo com o desempenho acadêmico do aluno, podendo chegar a 500 reais.

Washington ainda ressalta que a bolsa foi importante já que seus pais não tinham condições de pagar o curso. “Eles não recebem o suficiente para pagar a mensalidade e os custos mensais”, relata. Em relação à contrapartida, o estudante afirma realizar os combos fornecidos no site da OVG e que isso possibilita novos aprendizados. “Além de cumprir as horas as utilizo também como horas complementares na faculdade e agrego conhecimento”, destaca.

Compatibilidade

O PBU é compatível com outros programas disponibilizados pelo governo que funcionam como sistemas de créditos como: o Financiamento Estudantil do governo federal (FIES), onde a seleção por novos inclusos ocorre semestralmente. E caso o aluno seja reprovado em apenas uma disciplina ele não perderá a bolsa, com isso ele tem uma nova chance de continuar no programa.

Segundo a OVG com a reformulação do programa em 2011, passou-se a exigir também uma demonstração de qualidade de qualidade de ensino superior conveniadas. Assim, para manter o credenciamento, essas instituições devem atender parâmetros de eficiência que são determinados pelo Ministério da Educação (MEC).

Feira do Estudante

No momento da renovação eletrônica, o bolsista pode também fazer a inscrição para a 3ª Feira do Estudante – Expo Ciee Goiás, que será no Centro de Convenções de Goiânia, entre os dias 20 e 21 de fevereiro. A participação em uma das palestras da feira e visita aos estandes contará como início da atividade de contrapartida para o semestre.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp