Deputado bolsonarista exalta Hitler em sessão no Mato Grosso do Sul

O deputado estadual João Henrique (PL-MS) exibiu na terça-feira, 7, o livro “Mein Kampf” (“Minha Luta”, em tradução livre), escrito pelo ditador nazista Adolf Hitler, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems). O objetivo foi criticar governistas que rejeitavam um requerimento de sua autoria, que pedia o acesso ao detalhamento das contratações para cargos comissionados no Estado. A proposta recebeu 16 votos contrários e 2 a favor.

No momento do discurso, João Henrique criticava a dificuldade em ter acesso aos dados do governo Estadual, comandado por Eduardo Riedel (PSDB). Ao falar sobre autoritarismo, o deputado afirmou que o fato de “Mein Kampf” retratar “estratégias para aniquilar, fuzilar o Parlamento e os direitos de representação popular”, o livro deveria servir para que o Legislativo brasileiro “se fortaleça, se reconstrua e se reorganize nos rumos do que foi o Parlamento europeu da Alemanha”.

“Fiquei com medo de entrar com esse livro no Brasil. Porque, à época, um juiz, talvez mais ditador que Adolf Hitler, suspendeu a entrada e as vendas do ‘Mein Kampf, Minha Luta, Minha História, Minha Vida’, onde aqui retrata suas estratégias para aniquilar, fuzilar o Parlamento e os direitos de representação popular”, falou João Henrique na Assembleia do Mato Grosso do Sul.

Segundo o deputado, o Parlamento alemão “serviu, após sua reconstrução, de inspiração”. “Inclusive, para nós estarmos hoje aqui, através do nosso direito constitucional brasileiro, que se inspira no modelo romano-germânico”, acrescentou.

Apesar de a Lei Federal nº 7.716, de 1989, vetar a apologia ao nazismo, com pena de prisão de até 5 anos, o livro citado por João Henrique é vendido no Brasil. De acordo com a legislação, é proibido “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”.

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Lula promete zerar fome no país até fim do mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu no sábado, 16, que, até o fim do mandato, nenhum brasileiro vai passar fome no país. A declaração foi feita no último dia do Festival Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, na região central do Rio de Janeiro.

“Quero dizer para os milhões de habitantes que passam fome no mundo, para as crianças que não sabem se vai ter alimento. Quero dizer que hoje não tem, mas amanhã vai ter. É preciso coragem para mudar essa história perversa”, disse o presidente. “O que falta não é produção de alimentos. O mundo tem tecnologia e genética para produzir alimentos suficientes. Falta responsabilidade para colocar o pobre no orçamento público e garantir comida. Tiramos 24 milhões de pessoas da fome até agora. E em 2026, não teremos nenhum brasileiro passando fome”.

O evento encerrou a programação do G20 Social, que reuniu durante três dias representantes do governo federal, movimentos sociais e instituições não governamentais. Na segunda, 18, e terça-feira, 19, acontece a Cúpula do G20, com os líderes dos principais países do mundo. A discussão de iniciativas contra a fome e a pobreza são bandeiras da presidência brasileira do G20.

“Quando colocamos fome para discutir no G20, era para transformar em questão politica. Ela é tratada como uma questão social, apenas um número estatístico para período de eleição e depois é esquecida. Quem tem fome é tratado como invisível no país”, disse o presidente. “Fome não é questão da natureza. Não é questão alheia ao ser humano. Ela é tratada como se não existisse. Mas é responsabilidade de todos nós governantes do planeta”.

O encerramento do festival teve a participação dos artistas Ney Matogrosso, Maria Gadú, Alceu Valença, Fafá de Belém, Jaloo Kleber Lucas, Jovem Dionísio, Tássia Reis, Jota.Pê e Lukinhas.

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