Servidora denuncia secretário de Morrinhos por tentativa de estupro

estupro

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) está investigando o secretário de Administração de Morrinho, Ernani Caetano, por estupro. Ele está sendo acusado do crime por uma servidora do próprio gabinete dele. A mulher de 20 anos de idade afirma que revelou as investidas somente agora por pressão de familiares.

 

Em depoimento, ela declarou que o assédio começou em outubro do ano passado e culminaram em uma situação constrangedora. A vítima relatou que Ernani a trancou em uma sala, passou a mão nos seios e tentou forçar uma relação sexual. Não houve êxito no estupro e a mulher continuou trabalhando sem comentar o caso com ninguém.

 

“Disse que não havia contado antes por vergonha e medo. Hoje ela decidiu chegar para a família dizendo que ia sair do emprego. O pai dela a indagou o porquê, ela contou e veio com o pai fazer a denúncia”, afirmou o delegado responsável pelo caso, Fabiano Jacomelis, em entrevista ao G1 Goiás.

 

De acordo com o Código Penal, estupro é o ato de constranger alguém a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso mediante violência ou grave ameaça. A pena é de reclusão de seis a dez anos. Um estudo do Ipea e da ONU em parceria com a Fiocruz Bahia revela que houve 822 mil casos de violência sexual em todo o país no ano passado. 

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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