Três anos de Covid-19: mortes, saudade e o sentimento de impotência antes da chegada da vacina

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Há três anos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou o começo da pandemia de Covid-19. Mais de um mês depois, no dia 27 de fevereiro, era registrado o primeiro caso da doença no país. Já no dia 12 do mês seguinte, foi a vez do estado de Goiás confirmar a existência da doença em terras goianas. Na ocasião, três pessoas foram diagnosticadas com a infecção, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES). 

A primeira morte pela doença ocorreu no dia 26 de março de 2020, em Goiás. A vítima era uma idosa de 66 anos, que morava em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Ela era hipertensa, tinha diabetes, doença pulmonar obstrutiva crônica e havia tido dengue recentemente. Até o momento, mais de 28 mil pessoas foram vítimas da doença no estado.

O auge da doença foi em 2021. Neste ano, cerca de 18 mil pessoas faleceram por complicações do vírus apenas em Goiás, conforme a pasta. Uma das vítimas foi o Sebastião Rosa de Jesus, de 58 anos.  Segundo a técnica de enfermagem e filha de Sebastião, Fabiana Gonçalves de Jesus, de 43 anos, o homem descobriu a doença no dia 29 de maio de 2021, falecendo cerca de uma semana depois, no dia 6 de junho.

“Eu liguei para ele e ele falou que estava com suspeita de Covid. Neste momento meu mundo desabou, porque ele tinha problemas renais e diabetes. Eu sabia que se ele pegasse, não iria aguentar. Já sabia que a possibilidade dele sobreviver era pouca, tinha muito medo”, explicou.

Mancha no pulmão

Ainda de acordo com Fabiana, o fato do pai ter fumado por mais de 30 anos também agravou a doença. Ao fazer o teste, a médica informou a família que a vítima estava com 50% dos pulmões comprometidos, sendo liberado pelo hospital. 

Cerca de cinco dias depois, Sebastião apresentou uma piora no quadro de saúde e, então, foi internado. Durante o período em que o homem ficou internado, ele precisou ser transferido duas vezes. Ao dar entrada na última unidade de saúde em que passou, Fabiana foi alertada por uma enfermeira de que o pai não iria suportar a doença e que ela deveria aproveitar o momento para se despedir da vítima.

“Eu abracei ele e então a gente chorou. Foi um momento muito doloroso da minha vida. Acredito que ele morreu durante a intubação, ele morria de medo de ser entubado”, afirmou. 

Mortes caem 

As mortes pela doença começaram a cair no momento em que a vacina contra a doença foi disponibilizada. A primeira dose do imunizante foi aplicada pelo Governador Ronaldo Caiado (DEM) no dia 18 de janeiro de 2021. 

Até a última sexta-feira, 10, segundo a SES,  mais de 5,9 milhões de goianos foram imunizados com a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Em relação à segunda dose e a dose única, foram vacinadas 5,3 milhões de pessoas, sendo que 2,8 milhões de pessoas já receberam a dose de reforço.  Entre as crianças de 5 a 11 anos, 63.72% já receberam uma dose da vacina. 

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Bilhete de ônibus na capital paulista sobe para R$ 5 em janeiro

A prefeitura de São Paulo fechou em R$ 5,00 a tarifa básica dos ônibus da capital. O valor, que teve 13,6% de reajuste, passará a ser cobrado no dia 6 de janeiro.

O preço atualizado do bilhete seguirá para a Câmara Municipal dos Vereadores, conforme estabelece a legislação. Em nota, a prefeitura lembrou que todas as gratuidades existentes continuam mantidas, assim como a integração do passageiro em até quatro ônibus dentro de um período de três horas.

A gestão municipal já havia antecipado nesta quinta-feira, 26, mais cedo, que o preço da passagem deveria ficar entre R$ 5,00 e R$ 5,20. A definição ocorreu após reunião de representantes da prefeitura e da São Paulo Transporte (SPTrans).

Em conferência pública que reuniu membros do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), transmitida pela internet, durante a manhã, a superintendente de Receita e Remuneração da SPTrans, Andréa Compri, afirmou que o aumento se justifica porque os valores praticados atualmente equivalem aos de 2019. Destacou ainda, em sua apresentação, junto a outros registros do sistema de transporte, que o custo para mantê-lo este ano foi de aproximadamente R$ 1 bilhão.

Entre os argumentos usados pela SPTrans para convencer sobre a necessidade do reajuste, está a parcela de usuários beneficiados pela gratuidade. De 2019 a 2024, os pagantes equivalem sempre a, pelo menos, metade dos passageiros. Este ano, foram 50%, enquanto os passageiros que têm gratuidade formavam uma parcela de 28% e os de transferências ônibus-ônibus, sem acréscimo tarifário, respondiam por 22%.

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