Novo exame é capaz de detectar 94% dos cânceres de próstata

Um novo exame de sangue é capaz detectar 94% dos cânceres de próstata foi desenvolvido pela Oxford Biodynamics em colaboração com a Universidade de East Anglia, no Reino Unido. Denominado como “Prostate Screening EpiSwitch” ou novo teste PSE, este experimento é superior ao PSA, um dos métodos de diagnósticos menos invasivos disponíveis até o momento.

Este novo método combina a tecnologia PSA com o teste epigenético EpiSwitch, o que aumenta a confiabilidade do teste. Segundo os pesquisadores, o novo exame tem um potencial significativo como diagnóstico de triagem preciso e rápido para esse tipo de câncer.

O exame foi avaliado em um estudo piloto envolvendo 147 pacientes. Conforme os resultados, foram comprovados que o PSE aumenta significativamente a precisão geral da detecção de homens em risco. Foi apresentado 92% de sensibilidade e 94% de especificidade, significando que a técnica é capaz de fornecer com alta precisão resultados positivos e negativos.

“Atualmente não existe um teste único para o câncer de próstata, mas os exames de sangue PSA estão entre os mais usados, juntamente com exames físicos, exames de ressonância magnética e biópsias. No entanto, os exames de sangue de PSA não são usados ​​rotineiramente para rastrear o câncer de próstata, pois os resultados podem não ser confiáveis. Apenas cerca de um quarto das pessoas que fazem uma biópsia de próstata devido a um nível elevado de PSA são diagnosticadas com câncer de próstata.”, disse o pesquisador do estudo, Dmitry Pshezhetskiy, em comunicado.

A próxima etapa da pesquisa será avaliar o teste em um grupo de homens onde o status do câncer é desconhecido. Segundo os autores, este novo teste PSE é preciso, rápido, minimamente invasivo e barato. Caso seja bem-sucedido em estudos maiores, pode melhorar significativamente o diagnóstico de câncer de próstata.

Câncer de Próstata

Esta doença é o terceiro tumor mais comum no Brasil, depois do câncer de pele e de mama. Em homens, é o mais prevalente. A evolução costuma ser silenciosa. Os principais sintomas que podem indicar a enfermidade são:

  • Dificuldade de urinar;
  • Demora em iniciar ou finalizar o jato urinário;
  • Diminuição do jato urinário;
  • Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite;
  • Presença de sangue na urina;

Afrodescendentes, histórico familiar (parentes e 1º grau com a doença) e obesidade são os principais fatores de risco para a doença.

Recomendação

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que homens do grupo de risco façam consultas periódicas e realizem anualmente o exame de PSA, a partir dos 45 anos de idade. Para a população em geral, a recomendação é a partir dos 50 anos.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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