Segundo o documento publicado é uma taxa de crescimento mensal que, embora seja baixa, é a maior desde fevereiro de 2014, quando registrou 0,7%
De acordo com a pesquisa Indicadores Industriais, que foi divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o emprego na indústria brasileira cresceu 0,3% em novembro na comparação com outubro do ano passado, no segundo mês consecutivo de melhora nas ofertas de emprego.
Essa taxa é a maior registrada desde novembro de 2014. Segundo o documento publicado é uma taxa de crescimento mensal que, embora seja baixa, é a maior desde fevereiro de 2014, quando registrou 0,7%. Os indicadores mostram ainda crescimento de 0,6% no número de horas trabalhadas, que reverte à queda registrada no mês anterior, e o aumento de 78,3% da capacidade instalada representa o maior nível desde fevereiro de 2016.
Mesmo com a confirmação da recuperação industrial do Brasil, os demais indicadores de novembro, em comparação a outubro, continuam negativos. O faturamento caiu 0,6%, a massa real de salários recuou 0,8% e o rendimento médio do trabalhador diminuiu 0,5% na comparação com o mês anterior. E para o economista da CNI, Marcelo Azevedo, “os resultados positivos estão ficando mais frequentes, o que indica que a atividade industrial está se recuperando lentamente”.
Segundo o economista, ao longo dos últimos meses, os índices estão alternando resultados positivos e negativos e, com isso, não mostram uma trajetória sustentada de crescimento. “Assim, faltando apenas um mês para que todos os resultados de 2017 estejam disponíveis, o acumulado de 2017, comparado a igual período de 2016, mostra queda de emprego, horas trabalhadas, massa salarial real e faturamento real”, afirma.
Rendimento salarial
O movimento dos vários dados dos segmentos industriais se verifica também que à massa salarial paga ao trabalhador que fechou em queda de 0,8% em novembro, frente a outubro do ano passado, alternando variações mensais negativas e positivas do longo do segundo semestre do ano, registrando, contudo, quedas mais forte. Com isso, a massa salarial de novembro de 2017 é 0,1% menor que a massa paga no mesmo mês de 2016, enquanto o acumulado no ano é 2% inferior ao registrado no mesmo período de 2016.
Outra queda foi o rendimento médio real, que recuou 0,5% em novembro após os ajustes sazonais. O resultado reverte parcialmente o crescimento do mês anterior, de 0,9%. Nos últimos meses, o rendimento vem alternando variações positivas e negativas. Ainda assim, o rendimento médio real de novembro de 2017 é 0,7% superior ao registrado em novembro de 2016, enquanto o rendimento acumulado no ano é 1% maior.