Dados da Secretaria do Estado da Saúde revelam que os casos de sífilis em Goiás tiveram um aumento de 453%, em 2017. A doença é uma infecção bacteriana sexualmente transmissível e em casos de gestantes infectadas, o bebê também pode ser contaminado durante a gravidez ou no momento do parto, o que é chamado de sífilis congênita. Ainda segundo a Secretaria a transmissão por transfusão de sangue pode ocorrer, mas se tornou rara devido ao controle feito nos hemocentros.
Segundo a infectologista, Dr. Christiane Kobal a doença é um grande problema de saúde pública no Brasil hoje e ela nunca foi erradicada, sempre existiu. “O que nós estamos vivendo agora é uma explosão nos casos de sífilis”, explica. Ainda de acordo com a médica, dados registrados no Hospital de Doenças Tropicais (HDT) relatam um aumento de 750% dos casos em 2016 e na rede privada o aumento foi de 500%.
A Dr. Infectologista explicou as fases e sintomas da infecção. A primeira fase da infecção é chamada de sífilis primária: logo após o contato com a bactéria uma ferida indolor aparece na região genital ou na boca. A segunda fase é chamada de sífilis secundária: manchas vermelhas se espalham pelo corpo. Após essa fase os indivíduos passam períodos sem apresentar sintomas, mas ainda podem transmitir a doença para seus parceiros. A terceira é a sífilis terciária: pode leva anos para apresentar novamente os sintomas, nessa fase a infecção causa comprometimento do cérebro e das artérias do coração.
O diagnóstico é feito através de 2 exames de sangue que podem ser feitos em qualquer laboratório. Sífilis tem cura e o tratamento é realizado com antibióticos como a penicilina e ainda de acordo com a médica esse é o melhor antibiótico para tratar a sífilis.