Enfrentando uma crise financeira desde o dia 1º de março, a Hapvida, considerada a maior operadora de planos de saúde do país, perdeu R$ 18,2 bilhões e viu as ações da empresa despencaram em quase 60% nos últimos dias. Apesar dos rumores de uma possível falência, o grupo afirma que os pacientes de Goiânia não serão afetados.
A empresa informou que está considerando um aumento de capital, a fim de amenizar o rombo financeiro. Porém, a ideia é vista como uma opção remota pelo mercado, que vem criticando a falta de transparência por parte da companhia.
O Itaú BBA destacou que o anúncio de aumento de capital com um preço das ações deprimindo mostra um cenário de estresse maior do que o esperado. A companhia pode levantar caixa vendendo seus imóveis e ativos que não fazem parte de seu negócio principal, além de fazer um corte em seu endividamento, que gira na casa dos R$ 7 bilhões.
A Hapvida tem como desafio reduzir sua alavancagem líquida para patamares abaixo de 2,5 vezes e baixar as taxas de sinistralidade e melhorar a margem.
A empresa enfrenta uma crise de confiança com o mercado desde a publicação dos resultados do quarto trimestre, quando apresentou uma taxa de sinistralidade maior e um repasse de preço menor do que o prometido nos trimestres anteriores.