Medicamento promete reduzir ISTs em até 72 horas após sexo desprotegido

ISTs

Cientistas desenvolveram um medicamento que impede o desenvolvimento de alguns tipos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). O estudo de uma universidade francesa revelou o que pode ser um tipo de pílula do dia seguinte para sífilis, clamídia e gonorreia. A novidade já está sendo oferecida em algumas cidades norte-americanas. 

 

O medicamento doxiciclina já é utilizado para combater malária e pneumonia bacteriana. O novo uso teria resultado somente se administrado em até 72 horas após o sexo desprotegido. Na prática, uma única dose do remédio reduziria o risco de contrair as ISTs. 

 

Os efeitos foram observados somente em homens que fazem sexo com homens e mulheres trans. As mulheres cisgênero não tiveram resultados satisfatórios. A pesquisa apontou que houve queda de 84% da chance de ocorrer clamídia ou sífilis e de 50% para gonorreia. O estudo foi realizado com 232 homens que tomavam medicamentos diariamente contra o HIV. 

 

A Profilaxia Pós-Exposição (PEP) seria mais uma estratégia contra as infecções transmitidas pelo sexo. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece medicações como medida de prevenção de urgência para ser utilizada em situação de risco à infecção pelo HIV, contra o vírus da hepatite B e para outras ISTs. 

 

Para evitar as IST, a orientação do Ministério da Saúde é o uso de camisinhas masculina e feminina em todas as relações sexuais. O SUS também oferece medicamentos para antes da relação sexual desprotegida.

 

O infectologista Marcelo Daher defende a conscientização. “Faltam campanhas sobre todas as IST’s. Elas estão em alta no Brasil. A varíola dos macacos, inclusive, está se comportando como uma IST, o que exige ações de prevenção e esclarecimentos para a população. Os programas de IST/Aids são exemplo para o mundo. Seria importante o governo adotar medidas de prevenção ao invés de investir apenas em tratamento”, frisa

 

Em Goiás, a quantidade de casos de sífilis se mantém com tendência de alta nos últimos cinco anos, incluindo durante a pandemia de coronavírus. A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) registrou 3.934 casos de janeiro a setembro do ano passado. Os números da pasta evidenciam outro lado perverso da doença: as infecções em gestantes e em bebês. As mulheres grávidas com sífilis somam 1.479  somente até o início de agosto de 2022. 

 

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Agrodefesa apreende 10 mil embalagens de agrotóxicos armazenadas de forma irregular

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), em parceria com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR), deflagrou, na última terça-feira, 17, em Trindade e Paraúna (GO), a Operação Terra Limpa.

A ação resultou na apreensão de mais de 10 mil embalagens vazias de agrotóxicos que estavam armazenadas de forma irregular, em desacordo com legislações ambiental e de defesa agropecuária vigentes.

As embalagens foram encontradas em diferentes estados de processamento — algumas prensadas, outras trituradas —, e estavam em condições inadequadas de armazenamento. Também foi descoberto um caminhão carregado com embalagens vazias.

Os profissionais envolvidos na operação identificaram que os materiais eram triturados para reciclagem, porém a destinação final das embalagens não cumpria as normas legais de devolução de embalagens vazias de agrotóxicos.

Os materiais apreendidos – que totalizaram seis caminhões com produtos – foram enviados para a Associação Goiana de Empresários Revendedores de Produtos Agropecuários (Agerpa), localizada em Goiânia, e para a Associação dos Distribuidores de Produtos Agrícolas de Rio Verde (Adirv) para pesagem e destinação final.

Essas associações são unidades que representam os estabelecimentos comerciais de insumos agrícolas, autorizadas a recepcionar e dar a correta destinação final das embalagens vazias – que passam por tríplice lavagem pelos produtores -, ou ainda daquelas que podem conter resíduos de agrotóxicos.

Segundo a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, os fiscais estaduais agropecuários e os agentes da Polícia Civil apuraram ainda que a intenção do proprietário do estabelecimento era desviar as embalagens para recicladoras clandestinas.

“É importante destacar que o processo legal de reciclagem de embalagens vazias de agrotóxicos é de competência do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV). A instituição é responsável pela gestão da política reversa das embalagens vazias de agrotóxicos e nós, da Agrodefesa, estamos inseridos nesse processo como responsáveis por orientar os produtores e fiscalizar o cumprimento da obrigatoriedade legal do correto armazenamento e devolução das embalagens vazias”, informa.

Penalidade

Além da apreensão do material, o responsável pelo estabelecimento foi detido pela Polícia Civil e autuado pelos fiscais da Agrodefesa. De acordo a com legislação federal e estadual de agrotóxicos, a previsão é que esse tipo de infração tenha penalidades administrativa e criminal, com multas que podem chegar a R$ 50 mil, além de pena de reclusão, de dois a quatro anos.

O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, reforça que esse tipo de prática de descarte e armazenamento irregular de embalagens de agrotóxicos vazias, além de ser crime, coloca em risco o meio ambiente, a saúde pública e a economia no Estado.

“Pode trazer sérios danos para a população e afetar toda uma cadeia produtiva. Por isso, casos como esses devem ser denunciados aos órgãos competentes para que as medidas de prevenção e repressão sejam tomadas o mais rápido possível”.

Denúncia

A operação foi realizada a partir do trabalho inicial de apuração feito em Paraúna (GO) por fiscais estaduais agropecuários da Unidade Regional Rio Verdão da Agrodefesa. No município, os profissionais identificaram desvios, processamento e envio de embalagens de agrotóxicos para Trindade.

O coordenador da UR Rio Verdão, Giovani Miranda, destaca que a partir disso foi possível a identificação dos receptadores e a localização do galpão em que o processamento clandestino das embalagens acontecia.

“Essas medidas possibilitaram à Delegacia de Crimes Rurais a apreensão de outras quatro cargas nesse mesmo depósito”, informa.

Participaram da ação fiscais estaduais agropecuários das Unidades Rio dos Bois e Rio Verdão, e da Gerência de Fiscalização Agropecuária, sob coordenação da Gerência de Sanidade Vegetal, além de agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR).

Destinação correta de embalagens de agrotóxicos

Em Goiás, são 13 associações credenciadas pelo inpEV, que juntas são responsáveis pela gestão em 27 Unidades de Recolhimento de Embalagens Vazias (UREV), devidamente cadastradas na Agrodefesa, sendo 17 Postos e 10 Centrais, localizadas nos seguintes municípios:

Acreúna, Anápolis, Bom Jesus, Catalão, Ceres, Cristalina, Formosa, Goianésia, Goiânia, Iporá, Itaberaí, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Mineiros, Morrinhos, Paraúna, Piracanjuba, Porangatu, Quirinópolis, Rio Verde, Santa Helena de Goiás, Vianópolis e Vicentinópolis.

Os empresários que utilizam agrotóxicos, ao concluírem a aplicação, devem realizar a tríplice lavagem, armazenamento adequado e a devolução das embalagens vazias, suas tampas e eventuais resíduos pós-consumo dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, de acordo com as instruções previstas nas respectivas bulas, no prazo de até um ano, contado da data de compra, ou da data de vencimento.

A devolução pode ainda ser intermediada por postos ou centrais de recebimento, bem como por ações de recebimento itinerantes, desde que autorizados e fiscalizados pelo órgão competente, nesse caso em Goiás, pela Agrodefesa, com a gestão sob responsabilidade do inpEV junto às suas associações de revendas credenciadas.

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