A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira, 22, uma operação para desarticular um plano idealizado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) de sequestrar e matar servidores públicos e autoridades, Entre os alvos da facção estavam o ex-juiz e senador Sérgio Moro (União Brasil/PR) e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco).
Em nota, Moro afirmou que o plano do PCC era matar toda a sua família. Os mandados de prisão e busca e apreensão são cumpridos em cinco unidades da Federação, sendo: Roraima, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. De acordo a PF, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea, sendo que os principais investigados estão localizados nos estados de São Paulo e Paraná.
Resgate e motivos
A facção, considerada a maior e mais influente organização criminosa do país, é comandada por Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Em 2018, o promotor Lincoln Gakiya pediu a transferência de Marcola de São Paulo para um presídio federal. No início do ano seguinte, o chefe do PCC foi trazido para a Penitenciária Federal de Brasília.
No chamado pacote anticrime, Moro propôs, dentre outras medidas, a vedação da visita íntima e o monitoramento dos contatos dos presos, inclusive com os seus advogados, em presídios federais.
De acordo com as investigações, o sequestro e a morte de Moro e de outras autoridades seriam executados para obter dinheiro e conseguir o resgate de Marcola, que no início deste ano foi trazido do Presídio Federal de Porto Velho (RO) para o de Brasília.
Cerca de 120 policiais federais cumprem 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná.