Um usuário do TikTok fez ataques homofóbicos e preconceituosos em um vídeo filmando vagas de estacionamento reservadas a pessoas autistas em um shopping de Natal, no Rio Grande Norte. Ele associou o símbolo da neurodiversidade às cores do arco-íris que representam a comunidade LGBTQIA+, e afirmou que são para “boiola”, “viado” e “fresco”.
“E aí, guerreiros. Pra quem não sabe, não acreditava que ia acontecer, aqui na Zona Norte no shopping saiu na frente, viu? Já tem duas vagas reservadas pra boiola. Quem se habilita a estacionar aqui?”, debocha.
Segundo a lei, pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm direito a uma porcentagem de vagas reservadas em estabelecimentos públicos e privados.
Assista ao vídeo:
Ver esta publicação no Instagram
Uma publicação partilhada por Diário do Estado (@jornal_diariodoestado)
Vagas para pessoas com TEA
A lei nº 12.764, de dezembro de 2012, determina que autistas são considerados Pessoas com Deficiência no Brasil. Desse modo, para todos os efeitos legais, estabelecimentos públicos e privados podem se valer da fita quebra-cabeça, símbolo mundial da conscientização, para “identificar a prioridade devida às pessoas com transtorno do espectro autista”.
Pronunciamento de ativista
O influenciador e ativista Ivan Baron, um dos responsáveis por entregar a faixa presidencial a Lula no início de janeiro, se manifestou sobre o vídeo polêmico. Na última quarta-feira, 22, ele compartilhou alguns conhecimentos sobre as vagas de estacionamento para autistas e destacou a importância de combater o preconceito.
“Vagas de estacionamento para autistas são alvo de piada homofóbica em shopping. Mas você sabia que é garantido por lei essas vagas para pessoas no TEA? Vamos aprender?”, escreveu na legenda do post, que já soma cerca de 32 mil curtidas.
Confira:
Ver essa foto no Instagram
Uma publicação compartilhada por IVAN BARON | Influenciador da Inclusão (@ivanbaron)
Vagas prioritárias para LGBTQIA+
Um mês atrás circulou uma informação de que haveria uma proposta, no governo, para criar vagas de estacionamento prioritárias para o público LGBT. No entanto, tudo isso, não passou de informações falsas.
Na informação dizia que, a partir de 2024, as vagas de estacionamento exclusivo para a comunidade seriam obrigatórias. O Portal do trânsito desmentiu as publicações, que se disseminaram principalmente a partir de uma suposta reportagem do G1, que pouco depois, negou ser autor do post fake.