Brasileiros terão voo direto para o Egito a partir de setembro deste ano

egito

A partir de setembro deste ano, os brasileiros poderão ir ao Egito em um voo sem escalas. O projeto já foi aprovado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e está aberta a venda de passagens. A operação será em um Boeing 787-900 Dreamliner da EgyptAir que tem 300 assentos, sendo 279 Economy e 21 Business Class. É a primeira ligação direta de avião entre os dois países.

 

Os embarques serão semanais. Todas às segundas-feiras, o voo partirá do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, durante a madrugada rumo a Cairo. no Egito. A viagem terá duração de aproximadamente 13 horas. Atualmente, o voo dura cerca de 20 horas. A novidade foi lançada após um ano e meio de negociações entre os governos brasileiro e egípcio. O primeiro voo nessa modalidade será em 4 de setembro.

 

A viagem será feita pela Egypt Air por meio da charter MasterFlights – empresa que “aluga” avião para companhia aérea. A previsão é que a frequência de viagens passe a ser de duas vezes por semana a partir de maio de 2024, se o projeto decolar. O lançamento reduz o tempo do trajeto até o Egito e agiliza a chegada de brasileiros em outros países por ser mais uma opção de conexão para Ásia, Oriente Médio, África e Europa.

 

A Autoridade Geral Egípcia para a Promoção do Turismo está se esforçando para atrair turistas latino-americanos ao Egito. O governo local acredita que o público dessa região tem alta cultura turística, além de os brasileiros terem viajado com frequência para o país na década de 1990. A ideia é aumentar a presença de turistas do Brasil em 20%.

 

O índice baixo de turistas de todo o mundo no Egito está relacionado à pandemia de coronavírus e a questões políticas internas que resultaram em menos 65% visitantes. A queda afetou a economia nacional com redução da representatividade do turismo no Produto Interno Bruto (PIB), que caiu de 10% para 3% do total, segundo o Conselho Mundial de Viagens e Turismo.

 

Considerado o berço das civilizações, o Egito surpreendente pela história e pelos traços modernos. Entre os inumeráveis atrativos do país, os visitantes podem participar de cruzeiro pelo Nilo, explorar pirâmides, desfrutar de iguarias culinárias regionais e mergulhar no Mar Vermelho.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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