Após semanas de bastante chuva, o tempo começa a ficar mais firme. O fim de semana será marcado por calor e pouca ou nenhuma chuva em Goiás. A temperatura máxima em Goiânia deve alcançar 31°C, de acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). A mudança está associada à chegada outono, que marca a transição entre o verão e inverno.
Um sistema de alta pressão que está atuando na altura de Minas Gerais dificultará o transporte de umidade da região norte do Brasil para o estado, o que impedirá a formação de nuvens de chuva. A previsão de calor, no entanto, não descarta a possibilidade de pancadas de chuvas fracas e isoladas.
A média de volume de chuvas deve ser de 90mm até meados de junho, quando muda a estação do ano. O índice pluviométrico começa a baixar, o calor a aparecer e marca o período seco. A perspectiva do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de termômetros em alta, principalmente no norte de Goiás.
O tempo mais ameno também começa a fazer parte da rotina dos goianos. Um nevoeiro chegou a obrigar a Infraero a interromper as chegadas e partidas de voos do aeroporto de Goiânia na última quinta-feira, 23. A onda de termômetros em baixo pode chegar mais cedo neste ano, assim como em 2022, quando houve friagem atípica em maio.
Após três anos consecutivos, o El Niño começará a atuar no País. A tendência é de estiagem mais intensa e atraso na retomada das chuvas a partir de outubro. Desde 2019, o fenômeno La Niña influenciava o tempo no estado e provocava maior frequência e quantidade acima da média de precipitações.
A coordenadora do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) em Goiás, Elizabete Alves, afirma que outros fatores colaboram para menos chuvas e mais seca: o aquecimento dos oceanos, que no caso do Atlântico influencia na formação de chuva no Brasil, a circulação das entradas de frentes frias que podem chegar a Goiás, dependendo da força e movimentação dos ventos e a própria neutralidade do tempo.