Fernando Collor pode se candidatar à Presidência

Segundo ele existe um “vácuo” entre os possíveis candidatos

O ex-presidente e então senador por Alagoas, Fernando Collor, anunciou nesta sexta-feira (19) que irá se candidatar para concorrer a presidência nas eleições que acontecerão neste ano, em entrevista a rádio Gazeta de Arapiraca (AL) que pertence ao grupo de comunicação da sua família. Segundo Collor, existe um “vácuo”entre os possíveis concorrentes, Lula e Bolsonaro. Além de dizer que tem uma vantagem, já que presidiu o país e por seu partido ser conhecido por todos que sabem como ele pensa e age.

O senador também é conhecido por ter sido o primeiro presidente a sofrer um impeachment quando presidiu o país entre os anos de 1990 e 1992, sendo substituído pelo seu vice da época Itamar Franco e também por ter sido denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) a segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em agosto do ano passado, por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa se tornando um dos réus da operação lava jato.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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