Goiás tem 40 espécies de animais, plantas e microalga marinha invasores 

INVASORES

Abelha, rã, cachorro, capim, peixe e até microalga são exemplos de 40 espécies invasoras ao habitat de Goiás. As informações fazem parte do Banco de Dados Nacional de Espécies Exóticas Invasoras, do Instituto Hórus. No Brasil, o grupo de não nativos ao ecossistema chega a 210. Um dos grandes problemas da presença deles é a redução e prejuízo da flora e fauna do Cerrado locais.

 

Em alguns casos, a chegada de um ser vivo a outra região é difícil de ser explicada, como no caso do dinoflagelado pertencente a um plâncton marinho registrado no estado. A justificativa costuma ser por inferência sobre processos de invasão biológica com base no conhecimento de que as espécies não existiam num dado local ou região.

 

Parte das ocorrência é de animais e plantas com fins ornamentais. Introduzido no Brasil no século 16 por imigrantes, o pombo-doméstico, por exemplo, é originário da Europa, norte da África, Oriente Médio e Ásia e chegou ao País como animal de estimação. Atualmente, ele é um risco à saúde devido à grande proliferação pela fácil adaptação ao ambiente urbano e potencial disseminação de doenças das quais é vetor, como a criptococose.

 

Para a fundadora do Instituto Hórus, Silvia Ziller, seria importante ter um controle sobre essas espécies que têm potencial invasor, impondo, por exemplo, restrições ao seu comércio. “As plantas ornamentais, de uso comum, tinham que ser banidas, na medida em que estejam nas listas de plantas invasoras. Então as floriculturas teriam que ser fiscalizadas no sentido de não produzir e não vender mais essas plantas, que a gente sabe que são plantas-problema”, destaca.

 

Segundo ela, além disso, é preciso investir na detecção precoce, ou seja, na medida em que as unidades de conservação forem percebendo o surgimento de espécies exóticas invasoras, elas vão sendo eliminadas. “Na medida em que tem controle, você consegue ir eliminando”.

 

Plantas têm uma dispersão mais fácil do que a fauna, uma vez que sementes e esporos de são de difícil contenção. No entanto, segundo Ziller, sua eliminação acaba sendo mais fácil porque, diferentemente dos animais, as plantas ficam paradas. “Com uma abordagem correta de controle, você consegue ao longo do tempo fazer uma diferença gigantesca, na restauração de elementos naturais, tirando essas espécies [exóticas invasoras]”.

 

A Agência Brasil tentou ouvir o Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobre as estratégias para lidar com espécies exóticas invasoras, mas não obteve resposta. (com informações da Agência Brasil)

 

Confira a lista de “invasores” em Goiás:

 

1-Abelha-africana

2-rã-touro

3-cão haushund

4-cipó-de-chumbo

5-capim-cameron

6-dinoflagelado

7-tucunaré-amarelo

8-tucunaré

9- tucunaré-azul

10-bagre-africano

11-tambaqui

12-pombo-doméstico

13-tilápia

14-berbigão

15-carpa-comum

16-besouro-africano

17-moroba

18-tariputanga

19-lagarta-da-teca

20-capim-jaraguá

21-lebre-europeia

22-mexilhão-dourado

23-samambaia-da-pedra

24-melanóide

25-capim-cabelo-de-negro

26-estrela-branca

27-tilápia-do-nilo

28-tilápia

29-pinheiro-americano

30-barrigudinho

31-corimbatá

32-piranha-caju

33-guarã-guarã

34-tigre-d’água

35-carrapicho-do-mato

36-braquiária

37-capim-braquiária

38-rã-africana

39-espada

40-tartaruga-america

(Fonte:  Banco de Dados Nacional de Espécies Exóticas Invasoras, do Instituto Hórus)

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Minha Casa Minha Vida beneficia cidades com até 50 mil pessoas

O governo divulgou hoje, 22, as propostas selecionadas para a construção de moradias em áreas urbanas pelo Minha Casa Minha Vida (MCMV), em cidades de até 50 mil habitantes. A lista com as propostas selecionadas foi publicada pelo Ministério das Cidades, no Diário Oficial da União.

Trata-se da primeira seleção do MCMV com recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social com este perfil (FNHIS sub-50). Serão 37.295 unidades habitacionais, em 1.164 cidades, de 26 estados.

A expectativa é que cerca de 150 mil pessoas sejam beneficiadas com “moradia digna para famílias de baixa renda, residentes nos pequenos municípios brasileiros”, informou o ministério. O investimento, segundo a pasta, será de R$ 4,85 bilhões.

“O foco são municípios com população inferior ou igual a 50 mil habitantes. As moradias atendem famílias com renda bruta mensal na Faixa Urbano 1 do MCMV, correspondente a até R$ 2.850, admitindo-se o atendimento de renda enquadrada na Faixa Urbano 2 (até R$ 4.700)”, detalhou o ministério.

Entre os critérios adotados para a seleção dos projetos está o de priorizar propostas que melhor atendam à demanda habitacional e observem “requisitos técnicos de desenvolvimento urbano, econômico, social e cultural, sustentabilidade, redução de vulnerabilidades e prevenção de riscos de desastres e à elevação dos padrões de habitabilidade, de segurança socioambiental e de qualidade de vida da população que será beneficiada”.

Com a divulgação das propostas selecionadas, estados e municípios terão de incluir, até 10 de dezembro, a proposta selecionada na plataforma Transferegov, programa nº 5600020240048, de forma a viabilizar a contratação pela Caixa Econômica Federal até o final do ano.

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