Número de inadimplentes em Goiânia cai cerca de 3% em fevereiro

Número de inadimplentes em Goiânia cai cerca de 3% no mês de fevereiro

O percentual de inadimplentes em Goiânia recuou 3,01% entre janeiro e fevereiro deste ano. O levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), tomando como base os dados da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da capital, apontou que cada consumidor goianiense negativado devia, em média, R$ 4.386,31 na soma de todas as dívidas.

Inadimplentes em Goiânia

De acordo com Wanderson Lima, gerente de negócios da CDL Goiânia, a queda de cerca de 3% nos negativados da capital é um bom sinal.

“É uma notícia muito boa para os consumidores e empresários. O incremento do 13º lá no mês de dezembro, o aumento do salário mínimo e a redução da inflação tiveram impacto e trouxeram esses números positivos para o mercado. Deu um fôlego para que os consumidores pudessem pagar suas dívidas”, comenta.

No entanto, na comparação anual com fevereiro de 2022, o índice de inadimplentes teve alta de 6,83% — percentual que supera o da região Centro-Oeste (4,65%) e fica abaixo da média nacional (7,49%). O tempo médio de atraso dos devedores negativados de Goiânia é igual a 26,9 meses, sendo que 32,71% possuem tempo de inadimplência de 1 a 3 anos.

Em fevereiro, cada consumidor inadimplente em Goiânia tinha em média 2,111 dívidas em atraso. O número ficou acima da média da região Centro‐Oeste (2,103 dívidas por pessoa inadimplente) e da média nacional registrada no mês (2,035 dívidas para cada pessoa inadimplente).

“O endividamento das famílias ainda está muito alto. Os maiores credores são os bancos (62,37%), pois as taxas de juros estão muito altas, seguidos por telecomunicações (10,96%), água e luz (9,09%)”, completa Wanderson Lima.

Quanto ao perfil dos inadimplentes, a faixa etária mais expressiva em Goiânia foi a de 30 a 39 anos (26,25%). Os homens continuam devendo mais, com 50,84%, contra o indicador de 49,16% das mulheres.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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