Goiás lidera ranking nacional de trabalhadores em situação análoga à escravidão

O estado de Goiás lidera o ranking nacional de trabalhadores encontrados em situação análoga à escravidão no primeiro trimestre de 2023, após registrar 39,7% de todos as pessoas resgatadas no país durante o período. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 918 trabalhadores nesta condição foram resgatados no Brasil no primeiro trimestre de 2023, sendo que 365 destes foram encontrados em solo goiano. 

Em segundo lugar está o Rio Grande do Sul com 293 pessoas resgatadas, seguido de Minas Gerais, com 82 pessoas. Estes dados foram coletados de janeiro até o dia 20 de março. Entre as irregularidades encontradas pela fiscalização, estão a cobrança de aluguel de barracos usados como alojamentos, o não fornecimento de alimentação e cobrança pelo uso de ferramentas de trabalho. 

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, mais da metade dos trabalhadores foram resgatados em lavouras e usinas de cana-de-açúcar nos municípios de Itumbiara, Edéia e Cachoeira Dourada, no sul de Goiás. Uma operação que durou três dias resgatou um total de 212 trabalhadores. 

Em 2022, Minas Gerais ficou em primeiro lugar no ranking com 1.070 registros durante o ano todo. Na vice-liderança, Goiás apareceu com 271 pessoas resgatadas em situação degradante de trabalho.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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