O mês de março, mesmo faltando dois dias para chegar ao fim, foi atípico na rede estadual de ensino. Isso porque, segundo a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc), foram registradas de seis a oito chamadas por dia devido a crises no ambiente escolar. Ou seja, uma 224 solicitações até a última terça-feira, 28.
Ameaças de massacre e brigas entre alunos aumentam 115% em Goiás
O número, inclusive, é 115,3% maior do que o registros em todo o ano passado, que contabilizou 104 chamadas. Entre as crises mais comuns, segundo a pasta, estão desavenças entre alunos de torcidas rivais e ameaças de massacre.
O monitoramento e o acompanhamento do problema é realizado pela pasta Seduc de uma perspectiva ampla, analisando todos os aspectos de vulnerabilidade.
Nesta segunda-feira, 27, por exemplo, mesma data em que um estudante, de 13 anos, invadiu uma escola pública da capital paulista, matando uma professora e ferindo outras cinco pessoas, a Seduc precisou lidar com uma crise.
No Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) José de Faria, no município de Edéia, dois alunos brigaram em uma quadra da escola exigindo a intervenção da equipe gestora da unidade. Ninguém ficou ferido e os pais foram acionados, conforme orienta o Protocolo de Segurança Escolar, criado pela Seduc em 2019.
A pasta afirma que as escolas de municípios do Entorno do Distrito Federal, de Goiânia e de Aparecida de Goiânia realizam o maior número de chamadas para a sua gerência, totalizando cerca de duas crises por dia.