Nordeste Solidário reduz impactos causados pelas chuvas em Goiás

O impacto do período chuvoso nos últimos meses foi menor em Goiás, com redução nos prejuízos aos municípios e moradores. É o que mostra balanço da Operação Nordeste Solidário apresentado nesta quarta-feira, 29, em Goiânia, pela coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais (GPS) e presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), primeira-dama Gracinha Caiado.

Lançada ainda em outubro de 2022, a operação pioneira no Estado prestou auxílio aos municípios goianos afetados pelas fortes chuvas com o objetivo de salvar vidas e evitar tragédias. Ações integradas entre Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e o Governo de Goiás garantiram um rápido retorno à situação de normalidade em diversas regiões. Prova do sucesso deste trabalho, entre 2022 e 2023, apenas seis municípios formalizaram situação de emergência em razão das chuvas, enquanto no período anterior foram 23 cidades – uma redução de cerca de 75%.

“Aqui em Goiás conseguimos montar uma ação preventiva e minimizar os problemas que poderiam vir. Nossa missão é salvar vidas e evitar tragédias maiores”, afirmou Gracinha Caiado.

Coordenada pelo GPS e com integração de diversos órgãos do governo estadual, a operação adotou emissão de alertas para fortes chuvas e realizou aquisição e distribuição de 32.991 donativos sociais e 15 mil cestas básicas. Houve também recuperação de pontes e rodovias danificadas pelas chuvas e aquisição de 34 toneladas de sementes de milho para agricultores familiares vulneráveis de Goiás. O investimento estadual foi de R$ 76,5 milhões.

“Há cinco meses a gente vem trabalhando, preocupados com a chuva que chegaria em Goiás”, reforçou a coordenadora do GPS, que estava acompanhada de representantes das pastas envolvidas na ação conjunta. “Não deixamos ninguém com fome, nos preparamos para o que iria acontecer. As ações chegaram imediatamente nas mãos das pessoas”, completou a primeira-dama.

Abrangência

Com atuação prevista inicialmente em 14 municípios, a operação Nordeste Solidário ampliou o alcance para 35 cidades goianas de todas as regiões do Estado, além de 70 comunidades quilombolas e assentamentos rurais. Nas regiões mais afetadas, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil mantiveram pontos de apoio estratégicos para atender a população.

“É a primeira vez na história que um governador antecipa um desastre e essa antecipação salva vidas. Esse é o diferencial”, destacou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, coronel Washington Luiz Vaz Júnior.

A operação Nordeste Solidário foi executada em três etapas de enfrentamento: uma preparatória com entrega de donativos, uma de resposta e uma de reconstrução. Como ação de resposta, a decretação de situação de emergência foi necessária para os municípios de Água Fria; Anápolis; Flores de Goiás; Petrolina; Nova Roma e Luziânia. Em outros dois, Paraúna e Cavalcante, foi decretado estado de calamidade. “Não perdemos nenhuma habitação. Não houve nada que afetasse qualquer família em seu lar”, afirmou o comandante de Operações de Defesa Civil, coronel Pedro Carlos Borges de Lira.

O trabalho contou com atuação de diversos órgãos do Governo de Goiás, como a OVG; Corpo de Bombeiros; Defesa Civil; as Secretarias da Retomada; Saúde; Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa); Desenvolvimento Social (Seds); Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad); Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra); Agência Goiana de Habitação (Agehab), Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural, e Pesquisa Agropecuária (Emater) e Saneago.

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Início do Verão: O que esperar nas previsões climáticas?

O verão no Hemisfério Sul iniciou neste sábado, 21, às 6h20 (horário de Brasília), trazendo mudanças rápidas nas condições do tempo. Caracterizado por chuvas intensas e ventos fortes, este período também marca os dias mais longos e temperaturas elevadas em todo o país.

Segundo o Prognóstico Climático de Verão divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno La Niña terá uma duração mais curta nesta estação. A probabilidade de prevalecimento dessas condições é de 60% entre janeiro e março, caindo progressivamente para 40% entre fevereiro e abril de 2025. A meteorologista do Inmet, Maytê Coutinho, explica que as previsões climáticas indicam o predomínio de chuvas abaixo da média climatológica em grande parte do país.

Regiões afetadas pelas previsões

A região Norte é uma exceção, com previsão de chuvas acima da média. No Nordeste, o total de chuvas entre janeiro e março deverá ser menor. Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, as chuvas devem ficar entre o normal e abaixo da média. “Mesmo com a previsão de chuvas abaixo da média, no noroeste do Nordeste podem ocorrer chuvas mais volumosas em alguns períodos”, pondera Maytê Coutinho.

Na região Sul, onde os volumes de chuvas são naturalmente menores nesta época do ano, as chuvas devem permanecer na faixa normal ou abaixo do normal. No Rio Grande do Sul, a previsão é de chuvas no extremo sul do estado inferiores a 400 milímetros.

Condições oceânicas e zona de convergência intertropical

As águas mais quentes no Atlântico Tropical Norte e mais frias no Atlântico Tropical Sul formam condições para a manutenção da Zona de Convergência Intertropical atuando ao norte da sua posição média climatológica. Essas condições podem impactar atividades econômicas como a agropecuária, a geração de energia por meio de hidrelétricas e a reposição hídrica para manutenção dos reservatórios de abastecimento de água em níveis satisfatórios.

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