Caminhada de dois minutos separa nova casa de Bolsonaro de joias árabes

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O novo endereço do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília fica próximo ao local onde estão as joias recebidas pelo governo da Arábia Saudita. A casa fica em um condomínio onde já estão instaladas a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e as duas filhas. O acervo do político está na fazendo do amigo e ex-piloto de Fórmula 1, Nelson Piquet.

De acordo com informações do Metrópoles, o imóvel com aluguel de R$ 12  mil passou por reforma e troca de aparatos como fechadura. A distância é de exatamente 160 metros, segundo o Google Maps. As caixas armazenadas pelo esportista chegaram a partir de 7 de dezembro, uma semana após a eleição de Lula. 

O estoque inclui não apenas joias, mas também outros objetos que estão sendo questionados judicialmente sobre a propriedade de caráter pessoal ou pública junto ao Tribunal de Contas da União (TCU). O catálogo faz parte do terceiro pacote com 54 presentes recebidos em 2021 por Bolsonaro quando era presidente do Brasil. Na lista há itens de uso pessoal, decorativos, álbuns de fotografias e livros.

A defesa do político alega que “os bens foram devidamente registrados, catalogados e incluídos no acervo da Presidência da República conforme legislação em vigor” e ressalta que “quaisquer presentes encontram-se à disposição para apresentação e depósito, caso necessário”. Os advogados já devolveram à União parte das joias e armas.

Bolsonaro chega ao Brasil na manhã desta quinta-feira, 30. Ele estava há três meses em Orlando, nos Estados Unidos, desde o fim do mandato presidencial. Nesse período, ele ministrou uma série de palestras para empresários brasileiros e estrangeiros. Os bastidores apontam que o político deve retornar ao exterior em maio para encontro com lideranças da direita europeia. Jair prometeu atuar na oposição ao governo e eleger prefeitos da base aliada nas eleições municipais de 2024.

Confira quais os presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro:

Primeiro pacote: coleção feminina com colar de R$ 16,5 milhões presentado pelo governo saudita;
Segundo pacote: joias masculinas, como relógio, abotoaduras, caneta, rosário árabe da marca Chopard;
Terceiro pacote: relógio de luxo e joias da marca Rolex.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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