Mulher enterrada viva está internada em estado grave

Ao chegar no cemitério, os policiais ouviram pedidos de ajuda. Quando abriram o túmulo, encontraram a mulher bastante machucada com ferimentos na cabeça, e toda suja.

A mulher de 36 anos,  que foi encontrada enterrada viva e presa dentro de um túmulo em Minas Gerais, está sob cuidados médicos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de São João Batista em estado grave.

O médico e diretor do hospital São João Batista, Henrique de Almeida, responsável pelo caso, afirmou que a vítima terá uma recuperação demorada, e que vai levar tempo para que ela receba alta.

“Ela está com um escalpo parcial, vários cortes extensos no couro cabeludo e com uma hemorragia subaracnóide. No entanto, ela está se mantendo com bons parâmetros hemodinâmicos”, falou o médico.

Além disso, ele ressaltou que o quadro da mulher inspira “cuidado” e que é considerado grave.

Apesar disso, ainda de acordo com Almeida, nesta, quinta-feira,30, a vítima apresentou uma melhora surpreendente no quadro clínico, e deixou os médicos otimistas quanto a recuperação completa, ela segue sendo monitorada rigorosamente na UTI, mas acordou e está interagindo com o corpo clínico.

“A situação dela melhorou muito de ontem para hoje. Agora, vamos ver se ela precisa engessar a perna e se o braço dela será caso de gesso ou cirurgia”, declarou o diretor do Hospital.

E ainda enfatizou que os cuidados agora são ligados a recuperação de função e mobilidade, não estando mais em situação crítica de vida.

Relembre

Na manhã desta terça-feira,27, coveiros que trabalham no cemitério municipal, chamaram a Polícia Militar após encontrarem um túmulo, fechado com tijolo, cimento fresco e sinais de sangue, e ouvirem uma voz vinda da gaveta funerária.

De acordo com a versão apresentada pela vítima, ela aceitou guardar armas e drogas para uma dupla de criminosos locais. No entanto, ela alega ter sido roubada e, com isso, perdido o material. Como vingança, os dois a agrediram e a levaram para o cemitério.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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