Advogados ligados a vereador e estudante indiciado pediram impeachment de Rogério Cruz

Vereador Ronilson Reis

Na quarta-feira, 29, dois pedidos de impeachment do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos) foram encaminhados para a Câmara de Goiânia. Uma ação foi protocolada pelo estudante Kairo Vitor Barros e o outro pela dupla de advogados João Paulo Tavares e Hudson Bollela.

Segundo investigações, o estudante Kairo Vitor Barros já foi indiciado por furto. Ele teria subtraído três bicicletas, dois pares de luvas, um par de sapatilhas e um colete de proteção de ciclismo de um atleta que morava no barracão do pai. No dia 30 de novembro de 2021, ele foi abordado em uma ação de rotina da PM, em Goiânia. Com ele, foram encontradas três porções de drogas. O estudante confessou que a droga era para seu uso pessoal.

Além disso, Kairo Vitor Barros foi indiciado por furto a um inquilino do próprio pai e por posse de entorpecentes.

Os advogados João Paulo Tavares e Hudson Bollela, que protocolaram o impeachment contra Rogério cruz, trabalham para o presidente da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Ronilson Reis (PMB), criticado após ter feito uma diligência sem a devida discussão e aprovação prévia pela comissão.

Relação de Ronilson Reis com um dos advogados

Segundo O Popular, no dia 04 de dezembro de 2022, o vereador Ronilson Reis assinou procuração para que os advogados o representem em qualquer juízo. De acordo com a publicação, Ronilson afirmou que os advogados João Paulo Tavares e Hudson Bollela o representam em uma ação por danos morais, protocolada por segurança em razão de acusação de agressão por parte do vereador em uma convenção partidária, no ano passado.

No entanto, a relação de Ronilson Reis com um dos advogados, Hudson Bollela, é mais antiga. Pelo menos desde 2016, quando o vereador foi empossado vice-presidente da Comissão de Defensores Ativos do Processo Disciplinar da Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO).

Na ocasião, Hudson foi empossado secretário da mesma comissão, conforme matéria publicada no site da entidade, no dia 30 de março de 2016.

A amizade entre ambos continuou fora da OAB. O escritório Bollela e Tavares, do qual Hudson e o outro autor do pedido de impeachment, João Paulo Tavares, são sócios, ingressou recentemente nas redes sociais. A primeira publicação é de outubro de 2022. Na postagem, a equipe comemora as primeiras declarações de inventário e, em tom de deboche, citam os itens levantados.

“Às primeiras declarações do inventários e sempre um emoção! (SIC) Ração para peixe, cão, gato, ITR, IPTU, DUT, manutenção de veículo, jazigo, CTPS do caseiro, enfim… uma emoção!”, diz a legenda no vídeo, enquanto um dos advogados mostra o ambiente e comenta: “Bagunçado, hein bicho?!”. O outro na sala responde: “Tá achando que é fácil as primeiras declarações do inventário, né?! Quando o cliente contabiliza até as balinhas que ele chupa na viagem para dar manutenção nos bens”, diz.

Contudo, não é apenas a exposição pouco usual de clientes que chama a atenção. O perfil, que conta com apenas 50 seguidores, segue apenas seis pessoas. Dentre elas, os perfis pessoais dos dois sócios e autores do pedido de impeachment, e do vereador Ronilson Reis.

Nos bastidores, a informação é de que o presidente estaria fazendo manobras ilegais para desgastar a imagem do prefeito Rogério Cruz junto à opinião pública, e abrir espaço para que pedidos de impeachment possam prosperar, ainda que sem qualquer base legal.

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Empresário morre após acidente com cavalo em Pirenópolis

Um empresário de 39 anos faleceu após cair de um cavalo e ser arrastado pelo animal na zona rural de Pirenópolis, região central de Goiás. O acidente aconteceu na manhã da última segunda-feira, 23, no povoado de Caxambú. Bruno Carvalho Mendonça foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu na quarta-feira, 25.

De acordo com a Polícia Militar, testemunhas relataram que Bruno saiu para cavalgar por volta das 8h e sofreu a queda algumas horas depois. Ele ficou preso ao cavalo e foi arrastado até a sede de uma fazenda, onde foi encontrado inconsciente e apresentando sinais de convulsão.

Ferimentos graves
O Corpo de Bombeiros foi acionado e realizou os primeiros socorros no local. Bruno foi levado inicialmente para uma unidade de saúde em Anápolis, onde foi constatado que ele apresentava ferimentos graves e queimaduras provocadas pelo atrito com o solo.

Posteriormente, o empresário foi transferido em estado grave para o Hospital Santa Mônica, em Aparecida de Goiânia, mas não resistiu aos ferimentos.

O caso foi registrado como queda acidental, mas será investigado pela Polícia Civil para esclarecer as circunstâncias do ocorrido.

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