10,52% feminicídios registrados foram cometidos com arma de fogo em Goiás

Custo com vítimas por arma de fogo no SUS equivale a quase 1 milhão de mamografias

Um levantamento aponta que 6 dos 57 feminicídios de 2022 foram com arma de fogo. O número é o mesmo de 2021, quando foram registrados 235 casos de violência contra mulher com uso de armas de fogos no ano passado. O maior percentual de registros engloba mulheres acima de 35 anos.

A maioria das vítimas são pardas e a proporção aumenta quando solicitado o grau de escolaridade. As informações são baseadas em dados que a  Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) disponibilizados à CBN Goiânia. 

As vítimas se concentram em quatro faixas etárias divididas pela instituição: entre mulheres de 18 e 24 anos, de 25 e 29 anos, de 30 e 34 anos e acima de 35 anos.

A professora Dalva Sousa explica que pode haver uma margem de erro nos registros, devido a precariedade do banco de dados. Ela complementou que o acesso facilitado às armas nos últimos anos, possa ter contribuído para o aumento no número de casos registrados, conforme descrito em entrevista à CBN.

Código Penal

O feminicídio é o homicídio praticado contra a mulher em decorrência ao gênero, ou seja a vítima é morta por ser mulher. Ocorre quando o assassinato envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher da vítima. A Lei nº 13.104/2015 tornou o feminicídio um homicídio qualificado e o colocou na lista de crimes hediondos, com penas mais altas, variando de 12 a 30 anos.

 

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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