Vítimas de ataque em creche são veladas em Blumenau

Vítimas de ataque em creche são veladas em Blumenau

As crianças vítimas de um ataque a creche na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, começaram a ser veladas na manhã desta quinta-feira, 6. O velório de três das quatro vítimas foi marcado para o mesmo local e as crianças serão enterradas nesta manhã. 

Confira quem são as vítimas:

  • Bernardo Cunha Machado: 5 anos
  • Bernardo Pabst da Cunha: 4 anos
  • Larissa Maia Toldo: 7 anos
  • Enzo Marchesin Barbosa: 4 anos

Em memória ao ataque, a cidade de Blumenau amanheceu com as escolas fechadas e eventos foram suspensos. A festividade de Páscoa que acontecia desde março, na Vila Germânica, foi suspensa e deve retornar nesta sexta-feira, 7. 

Já durante a madrugada de quarta-feira, 5, pais de alunos e moradores da cidade levaram velas e incensos para frente do centro educacional onde o ataque aconteceu. A comunidade rezou em frente ao portão da escola, em forma de luto pelas vítimas. 

Ataque a creche

A fatalidade na creche Cantinho Bom Pastor, localizada na rua dos Caçadores, no bairro Velha, ocorreu na manhã desta quarta-feira, 5.

De acordo com a polícia, o assassino de 25 anos pulou o muro da creche e deu golpes de machadinha em crianças que estavam no pátio da instituição. Quatro crianças, com idades entre 4 e 7 anos, morreram na hora. Outras cinco crianças ficaram feridas e precisaram ser levadas até um hospital da região com ferimentos na região da cabeça. 

Dos feridos, quatro estão internados no Hospital Santo Antônio. As crianças estão internadas em leitos de enfermaria pediátrica, no mesmo quarto. 

“Para a nossa alegria, hoje pela manhã [quinta-feira] a gente avaliou todas as quatro crianças. Todas elas estão bem, dormiram bem. Conseguiram descansar inicialmente. Todas se alimentaram normalmente, estão tranquilas, brincaram”, informou a diretora técnica do hospital, Maria Beatriz Schmitt Silva. 

O suspeito foi preso e deve passar por audiência de custódia na manhã desta quinta-feira.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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