Disque 100 recebe mais de 121 mil denúncias no primeiro trimestre

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O número de denúncias de violações de direitos humanos de janeiro a março deste ano na plataforma Disque 100 superou os 121,5 mil. O total consta no Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), que agora é atualizado a cada três meses.

A grande maioria das queixas diz respeito a ameaças e ataques à integridade física ou psíquica das vítimas, espécies de violações relatadas em 99.482 e 99.506 das denúncias recebidas, respectivamente.

Em relação ao gênero, o total de denúncias, 60,59% (73.897) tem como vítimas sexo feminino, sendo a maior parte delas (4.068 denúncias) de 70 a 74 anos de idade. Essa é a mesma faixa etária do maior número de denúncias com vítimas do sexo masculino (1.897).

Ainda de acordo com os registros ONDH, o grupo vulnerável mais atingido no primeiro trimestre foi de crianças e adolescentes, que corresponde a 36,4% (51.979). Isso ocorre porque, nesse tipo de categorização, o agrupamento se dá por faixas etárias maiores. Por essa métrica, pessoas idosas foram as segundas mais atingidas, com 33.200 (23,25%) das denúncias. 

A maior parte das violações ocorreu na casa onde reside a vítima e o suspeito (57.416 denúncias), seguido pela casa da vítima (36.352). Em relação aos suspeitos, a maior parte (44,91%) é do sexo masculino (54.838 denúncias), com prevalência na faixa etária entre 40 e 44 anos (7.537). Não foram disponibilizadas informações sobre faixa de renda e escolaridade prevalente entre os suspeitos de praticarem as violações de Direitos Humanos.

Nos três primeiros meses de 2023 foram recebidas pela plataforma Disque 100 também 1.761 denúncias nas quais que a vítima integra a comunidade LGBTQIA+. A maioria é composta por homossexuais do sexo masculino (565), seguida por homossexuais do sexo feminino (380).

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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