Em Salvador, mulheres são maioria nos atendimentos por embriaguez no Carnaval

Apesar da queda no número de atendimentos por excesso de álcool nos circuitos de Salvador, as mulheres continuam sendo maioria na procura pelos postos de assistência à saúde, instalados próximo aos locais de folia. Segundo a prefeitura de Salvador, os postos registraram 379 ocorrências por embriaguez, até as 6h da manhã de hoje (27), o que representa queda de 11,7% em relação ao mesmo período do carnaval do ano passado, que registrou 429 casos.

As mulheres, no entanto, correspondem a 53% no total de pessoas atendidas por embriaguez. A Secretaria Municipal de Saúde atribui o índice maior de mulheres à preferência pelas bebidas adocicadas, que tendem a ter maior teor alcoólico e contribuem para acelerar o processo de alcoolemia e de intoxicação.

O mito de que o organismo das mulheres é menos resistente ao álcool que o dos homens foi derrubado e explicado pelo coordenador hospitalar e de urgência de Salvador, José Antônio Alves. Segundo ele, não existe essa diferença entre os sexos. Para Alves, a diferença “está nos hábitos adotados por cada um, como a escolha da bebida e a frequência com que consome bebida alcoólica”.

“O que pode ocorrer é que o fígado daquela pessoa, homem ou mulher, que bebe com mais frequência, acaba por desenvolver uma capacidade maior de metabolizar o álcool ingerido. E é claro que as bebidas mais fortes vão ter o potencial de levar o indivíduo ao estado de embriaguez com mais rapidez”, esclarece o médico.

Blitz da Lei Seca

O consumo de bebidas alcoólicas não deve estar associado à direção de qualquer tipo de veículo, por aumentar a probabilidade de ocorrência de acidentes. Quem insiste em beber durante o carnaval e pegar a direção após a folia pode ser pego em uma das blitz realizadas pela Superintendência de Trânsito de Salvador. Nos cinco primeiros dias de carnaval de Salvador, 198 motoristas tiveram as habilitações recolhidas pelo órgão.

Somente ontem (26), 34 habilitações foram recolhidas pelos agentes municipais, entre os 177 motoristas abordados. Do total, 35 foram notificados pelo consumo de álcool e 24 por outros tipos de infrações, como falta do documento de habilitação ou documentação do veículo vencida.

Fonte: Agência Brasil

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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