O ex-presidente Jair Bolsonaro deve permanecer no Brasil por apenas um mês e meio antes de viajar novamente ao exterior. Ele participará de um encontro internacional de políticos conservadores em maio na cidade de Lisboa, em Portugal. A confirmação foi feita pelo presidente da sigla da extrema direita daquele País, o Chega. Além do brasileiro, o vice primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini, teve a presença oficializada.
“Militantes e amigos do Chega, anuncio-vos que o ex-Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, bem como o atual vice primeiro-ministro italiano, Matteo Slavini, já aceitaram o nosso convite para a grande cimeira mundial da direita, em Lisboa, nos dias 13 e 14 de Maio. Vai ser enorme!”, publicou o líder do Chega, André Ventura.
Nomes como o de Marine Le Pen, da França, e de Geert Wilders, da Holanda, também devem ser convidados. Encontro é uma “resposta” ao avanço da esquerda em alguns países. Em Portugal, o Partido Socialista governa desde o ano passado. A bancada parlamentarista da direita nacional ganhou espaço, assim como no Brasil.
A expectativa para a breve estadia de Bolsonaro em solo brasileiro já estava sendo ventilada nos bastidores. Ele realizou uma série de palestras sobre diversos temas para empresários nos Estados Unidos, onde permaneceu em férias após o fim do mandato durante três meses. Ele já declarou que pretende eleger prefeitos da base aliada nas eleições brasileiras no próximo ano. Em declarações à imprensa, ele reconheceu a possibilidade de não disputar uma vaga no Palácio do Planalto em 2026.
Bolsonaro desembarcou no Brasil em 30 de março e não participou de grandes eventos ainda nem se pronunciou aos apoiadores. Ele foi proibido pela Polícia Federal (PF) de encontrar os eleitores no saguão do aeroporto de Brasília para evitar novos atos antidemocráticos como os de 8 de janeiro, quando as sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário foram invadidos e depredados por bolsonaristas.