Cobertura da vacina bivalente está abaixo do esperado no Brasil

Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), começa a vacinar, nesta segunda-feira (03/04), com a dose de reforço bivalente contra a Covide-19, pessoas com comorbidades entre 12 e 59 anos

A cobertura de vacina bivalente contra Covid está abaixo do esperado no Brasil, segundo informações divulgadas pelo Jornal Nacional da TV Globo, no último sábado, 8. De acordo com eles, apenas 12% dos 63 milhões de brasileiros aptos a se vacinar procuraram os postos de saúde desde que o imunizante começou a ser aplicado, no fim de fevereiro.

A vacina bivalente é uma versão atualizada dos imunizantes, ela protege contra a cepa original, registrada na China, e também contra a variante ômicron. E até o momento a adesão à vacina está muito baixa em todo país.

O imunizante pode ser aplicado depois de quatro meses em quem já tomou, pelo menos, duas doses da vacina contra a Covid. No momento, podem receber a imunização quem tem mais de 60 anos; pessoas entre 12 e 59 anos, com algum tipo de comorbidade; indígenas, ribeirinhos e quilombolas; trabalhadores da saúde; além de gestantes e puérperas.

O estado de São Paulo está com maior número de imunizados, mas, ainda assim, a cobertura está em cerca de 20%. 

Ainda de acordo o Jornal Nacional, na tarde de sábado, poucas pessoas foram a uma unidade básica de saúde na capital paulista; mesmo cenário de Fortaleza e Rio de Janeiro. Já no Recife, o movimento foi melhor e, em Campo Grande, teve fila para se vacinar.

De acordo com o imunologista Gustavo Cabral, apesar do país não enfrentar um pico de infecção da Covid, é necessário manter a proteção em dia. “A gente não pode baixar a guarda por causa das mortes, tá? E por causa dos danos que esse vírus consegue provocar”, reforça o médico. 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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