Justiça acolhe novo pedido do MP e prefeita de Nova Roma tem bloqueio de mais R$ 450 mil

Acolhendo um novo pedido feito em ação civil pública proposta pelo promotor de Justiça Douglas Chegury, o juiz Yvan Santana Ferreira, da comarca de Iaciara, decretou a indisponibilidade de bens da prefeita de Nova Roma, Miriam Leite São José Sampaio, pela prática de atos de improbidade administrativa.

Segundo detalhado pelo promotor, foram instaurados diversos inquéritos civis públicos com objetivo de apurar a conduta da prefeita, que realizou supostas contratações ilegais, fraudulentas e imorais de pessoas para ocuparem cargos comissionados no Poder Executivo.

De acordo com promotor, assim que assumiu a chefia da prefeitura, nas eleições de 2012, Miriam nomeou para cargos comissionados, por meio de decretos, 150 servidores, os quais preenchiam cargos e funções de atribuições meramente técnicas, sem caráter de assessoramento, chefia ou direção.

A investigação revelou que a prefeita pretendia, com a nomeação de tantos cargos e funções comissionados, fraudar o dever de realizar concurso e atender a pedidos de emprego de apoiadores políticos, violando os princípios constitucionais da obrigatoriedade do concurso público e da estabilidade.

A nova decisão determina, a indisponibilidade dos bens móveis e imóveis da prefeita, no valor de R$ 450 mil, referentes aos salários pagos ilegalmente a dez servidores, somando ao dano moral coletivo e multa civil, no valor de R$ 50 mil, cada. Em uma primeira decisão dada pelo juiz em novembro de 2017, foi decretado a indisponibilidade dos bens no valor de R$ 350 mil. Com a nova decisão, o valor total chega agora a R$ 800 mil. (MP-GO)

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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