O TikTok tirou do ar um vídeo que mostrava uma lista com várias cidades brasileiras onde iriam acontecer possíveis massacres em escolas nesta segunda-feira, 10.
O vídeo polêmico em questão tinha apenas 8 segundos e usava números no lugar de letras para escapar da “censura” da rede social. Até o último domingo, 9, a publicação atingiu, em um intervalo de apenas 10h, 61 mil curtidas e 18 mil comentários de adolescentes temerosos no TikTok.
Através do vídeo havia informações de que os massacre iria acontecer entre os 10 e 20 de abril. A Polícia Militar (PM) de Minas Gerais, um dos estados citados, deflagrou uma operação de segurança nas escolas para tranquilizar os pais, alunos e funcionários, após os agentes ficarem sabendo sobre a ameaça. Apesar de toda segurança em peso, as escolas amanheceram vazias, já que os pais estão com receio de mandar as crianças para as instituições.
Influência aos adolescentes
Advogado criminalista e pesquisador em segurança pública, Jorge Tassi conta que o principal problema deste tipo de postagem estar circulando entre os adolescentes é o que ele chamou de “a força da ideia”. Segundo o especialista, a pessoa pode não está interessada no tema, porém ao ver essas postagens, pessoas com dificuldade emocional, que lidam com ansiedade, estresse, depressão, acabam se conectando à ideia.
Ainda de acordo com ele, é importante que esse tipo de postagem seja monitorada e tenha origem investigada, para que o autor possa ser responsabilizado.
“Essas ideias acabam sendo incutidas na mente das pessoas que têm dificuldade de processar suas emoções. O jovem que se envolve nesse tipo de ocorrência (massacre) está em sofrimento mental, está em dificuldade”, completa o especialista.