Mito ou verdade: café escurece os dentes?

Café

O café é uma bebida que está incluída nos hábitos diários dos brasileiros. Além da questão cultural e social, trata-se de um estimulante que ajuda a manter os olhos abertos até o fim do dia. O problema está no fato de que o consumo do café muitas vezes é associado ao escurecimento dos dentes e a uma consequente alteração do sorriso, o que pode causar efeitos negativos para a estética das pessoas. Contudo, é possível celebrar o Dia Mundial do café – assinalado no dia 14 de abril – sem dores de cabeça. A odontóloga especialista em Endodontia Microscópica Márcia Luz esclarece que apesar da pigmentação do esmalte realmente ocorrer, em razão do consumo do café, é possível fazer uso da bebida de forma a minimizar esse dano.

De acordo com ela, todo e qualquer alimento ou líquido que for consumido possui o potencial de pigmentar os dentes. “Então, não só o café, mas também o vinho, o açafrão e tudo o que tiver corante, vai manchar os dentes. No entanto, se for feita uma correta higienização, a mancha não ficará impregnada na superfície do dente”, explica. Márcia acrescenta ainda que o alto consumo também está associado ao escurecimento dos dentes. Portanto, ela orienta que a escovação seja realizada logo após a ingestão de bebida, com disciplina e periodicidade, e que as pessoas considerem reduzir a quantidade de vezes em que tomam um cafezinho ao longo do dia, para que a pigmentação não ocorra de forma considerável.

Márcia Luz chama atenção também para outro fator importante: o açúcar. “Por existir essa cultura de café, muitas vezes adoçado, todos os dias pela manhã, começa-se a ingerir uma quantidade alta de açúcar. Isso faz com que o pH da saliva – que é o parâmetro de mensuração de acidez e alcalinidade – fique alterado, o que pode aumentar o índice de cárie”, alerta. Além disso, o consumo diário do açúcar pode favorecer o desenvolvimento do diabetes. “O paciente diabético descompensado tem a circulação da região gengival dificultada, isso faz com que ele tenha maiores problemas periodontais e uma cicatrização prejudicada”, avisa.

Clareamento

A pigmentação dos dentes traz ainda preocupação com relação aos métodos de clareamento dental. “É muito importante dizer que os processos de clarear e pigmentar somente ocorrem em dentes naturais. Dentes com reabilitações estéticas de porcelana sofrem escurecimento de forma diferente, em consequência da alteração da estrutura do material. Sendo assim, se for realizado um procedimento estético em apenas alguns dentes, haverá alteração de cores dos demais e isso vai gerar desconforto com relação à estética”, explica. Por essa razão, Márcia orienta que antes de fazer um tratamento estético como o clareamento, é essencial pensar nos próprios hábitos alimentares e de higiene, e também se o paciente tem a intenção de fazer a reabilitação estética com porcelana, para considerar estender para todos os dentes posteriores e, assim, padronizar melhor a cor.

Quanto aos métodos de clareamento, ela enumera dois: o caseiro e o que é feito a laser em consultório. Segundo a odontóloga, os dois são igualmente eficazes, havendo diferença, apenas, quanto ao tempo de tratamento e o controle realizado pelo profissional. “Em casa, às vezes, o paciente não usa direito, não coloca a quantidade do produto adequada ou encosta os produtos na gengiva. Enfim, dentro do consultório, podemos ter um maior controle e maior previsibilidade do tratamento, tornando-o, portanto, mais rápido e preciso. Porém, se o paciente fizer o uso correto em casa, também vai conseguir chegar ao objetivo”, garante.

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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