IBGE: volume de serviços cai 3,1% em janeiro em relação a dezembro

De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de serviços no país caiu 3,1% em janeiro deste ano, em comparação a dezembro de 2022, quando alcançou recorde histórico.

Em relação a janeiro de 2022, o volume de serviços teve expansão de 6,1%, vigésima terceira taxa positiva consecutiva. O avanço do volume de serviços no Brasil foi acompanhado por 25 das 27 unidades da federação.

As principais contribuições positivas foram identificadas em São Paulo (4,3%), Rio de Janeiro (8,2%), Minas Gerais (10,9%), Paraná (12,1%) e Rio Grande do Sul (11,5%). Por outro lado, os únicos resultados negativos do mês ocorreram no Mato Grosso do Sul (-6,4%) e no Acre (-2%).

Esta é a primeira divulgação da nova série da pesquisa, que passou por atualizações na seleção da amostra de empresas, ajustes nos pesos dos produtos e das atividades, além de alterações metodológicas, visando retratar mudanças econômicas na sociedade, explicou o IBGE, por meio de sua assessoria de imprensa. As atualizações são previstas e implementadas periodicamente.

Na avaliação do gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, a queda observada em janeiro elimina o ganho acumulado de 3% ocorrido nos meses de novembro e dezembro de 2022, embora a base de comparação se encontrasse em patamar elevado. “O setor de serviços continua muito próximo do seu ponto mais alto da série, alcançado no mês passado, o que o coloca em um patamar 10,3% acima do nível pré pandemia.”

Influência negativa

O levantamento mostra que a maior influência negativa no resultado de janeiro de 2023 veio do setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios, com queda de 3,7%. Essa queda é explicada pela parte de armazenagem, que caiu 9%, com destaque negativo para gestão de portos e terminais; e transporte aéreo de passageiros, que recuou 5,9% no mês.

O setor de outros serviços também apresentou redução no primeiro mês deste ano, com -9,9% em comparação com dezembro do ano passado, quando havia subido 9,4%. Rodrigo Lobo informou, entretanto, que o movimento de retração resultou de receitas atípicas recebidas no mês anterior pelas empresas que atuam nos segmentos de serviços financeiros auxiliares, os chamados bônus por performance. Com isso, há uma base de comparação elevada, ocasionando queda em janeiro, quando esse adicional de receita não está mais presente no faturamento das empresas do segmento, explicou o gerente.

No sentido oposto, serviços de informação e comunicação e os prestados às famílias registraram alta de 1% em janeiro. O primeiro setor recuperou parte da queda (-2,5%) verificada nos dois últimos meses de 2022 e teve como destaque a alta observada em telecomunicações (8,1%) e em serviços de tecnologia da informação (TI) (3,6%). Já os serviços prestados às famílias registraram o segundo resultado positivo seguido, acumulando ganho de 3,5%.

Transportes de passageiros

Em janeiro de 2023, o volume de transporte de passageiros no Brasil reduziu 2,4% frente o mês anterior, na série livre de influências sazonais, depois de ter evoluído 11,5% nos dois últimos meses de 2022. Daí se encontrar, em janeiro deste ano, 3% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 20% abaixo de fevereiro de 2014, que foi o ponto mais alto da série histórica.

Do mesmo modo, o volume do transporte de cargas teve queda de 2,1% em janeiro de 2023, eliminando o ganho de 2,1% verificado no período novembro-dezembro do ano passado. Com isso, o segmento se situou 3,6% abaixo do ponto mais alto de sua série, alcançado em agosto de 2022. Já em relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas ficou 28,6% acima de fevereiro de 2020.

Nos estados

O estudo revela que, em termos regionais, 16 dos 27 estados brasileiros tiveram retração no volume de serviços em janeiro deste ano, comparativamente a dezembro, acompanhando o recuo observado no resultado do Brasil (-3,1%).

Os impactos mais importantes foram observados em São Paulo (-2,6%), Rio de Janeiro (-5,5%), Minas Gerais (-2,6%) e Distrito Federal (-7,2%). No sentido contrário, as principais contribuições positivas foram registrados no Paraná (3%), Bahia (2,4%), Espírito Santo (3,9%) e Piauí (13,3%).

Turismo

Em janeiro de 2023, o índice de atividades turísticas avançou 0,5% frente a dezembro, constituindo o segundo resultado positivo seguido. O ganho acumulado atingiu 5,3%. O resultado levou o segmento de turismo a ficar 2,5% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 4,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Na comparação janeiro de 2023 com o mesmo mês de 2022, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil mostrou expansão de 12,9%, vigésima segunda taxa positiva seguida. Segundo os técnicos do IBGE, o aumento foi impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de locação de automóveis; restaurantes; hotéis; rodoviário coletivo de passageiros; agências de viagens; serviços de bufê e atividades teatrais e espetáculos.

Onze das doze unidades da federação onde o indicador é investigado revelaram avanço nos serviços direcionados ao turismo. Destaque para São Paulo (16,4%), Minas Gerais (24,7%), Rio de Janeiro (7,3%), Rio Grande do Sul (16,6%) e Bahia (14,5%). O Distrito Federal registrou o único resultado negativo (-2,5%).

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Goiás lidera crescimento econômico nacional com 3,5% em setembro

Goiás se destacou mais uma vez como o líder do crescimento econômico nacional em setembro, com um aumento de 3,5% na variação mensal, comparado ao mês de agosto. Este crescimento é mais de quatro vezes superior à média nacional, que foi de 0,8% no mesmo período. As informações são do Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), medido pelo Banco Central e analisado pelo Instituto Mauro Borges (IMB).
 
A atividade econômica goiana também apresentou um significativo avanço interanual, com um crescimento de 4,7% em setembro de 2024 em comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado em 12 meses, o avanço goiano foi de 3,8%, enquanto no acumulado do ano, entre janeiro e setembro, o crescimento foi de 2,4%.
 
O secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, atribuiu o crescimento observado a investimentos estratégicos e setores em ascensão. “Mais uma vez a economia em Goiás se destaca entre as demais unidades federativas com o índice divulgado. O crescimento observado é fruto de investimentos estratégicos e setores em ascensão que contribuem para o nosso desenvolvimento econômico,” afirmou.
 
O Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) é um indicador considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) e é utilizado para monitorar o desempenho da economia em bases mensais. Ele mede a evolução da atividade econômica, considerando dados de setores como indústria, comércio e serviços.

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