Taxa do agro: Alexandre de Moraes vota a favor de manter a cobrança em Goiás

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, votou contra a suspensão da taxa do agro em Goiás e mudou o placar para 2 a 1 em favor da cobrança da contribuição sobre os produtos agropecuários. A FundeInfra, popularmente conhecida como taxa do agro, passa por votação na Corte, que segue até o dia 24 de abril. Ainda faltam votos de sete ministros na sessão virtual.

Os dois votos anteriores são do relator, ministro Dias Toffoli, que é contra a cobrança e do ministro Edson Fachin, que votou a favor do imposto. O julgamento é a respeito da liminar do dia 4 de abril, que suspendeu a cobrança, em Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI número 7363) protocolada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a pedido do setor de mineração.

Oposição

Em oposição a Toffoli, Fachin entende que a cobrança não é tributo e chegou a citar decisões passadas do STF, em favor das contribuições semelhantes no Mato Grosso (MT) e no Mato Grosso do Sul (MS). O relator tinha acatado os argumentos da CNI, a qual defende que a contribuição é um adicional de imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e que não há facultatividade na cobrança.

O processo teve início na última sexta-feira (14). Até o momento, a Advocacia Geral da União (AGU) se manifestou a favor da cobrança, enquanto a Procuradoria Geral da República (PGR) apresentou um parecer contra a ADI da taxa de Goiás.

Representantes do governo de Goiás já se encontraram com grande parte dos ministros do Supremo. No entanto, ainda reforçam os argumentos com os assessores dos gabinetes.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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