Em 2023, casos de chikungunya crescem mais de 50% no Brasil

Dengue e chikungunya batem recorde histórico de casos em Goiás

Os casos de chikungunya cresceram de forma expressiva no Brasil neste ano. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, até quinta-feira, 20, foram registrados 80.823 mil casos prováveis da doença.  O país tem quase 2 mil municípios com 17 óbitos confirmados e 31 em investigação.

No primeiro trimestre de 2023, houve um crescimento de 97% nas notificações da doença comparado ao ano passado, a alta é de 50%. De acordo com o ministério, o número de casos neste ano ultrapassou o limite máximo esperado.

De acordo com o informe divulgado pelo ministério, a região que apresenta maior coeficiente de incidência é a região Sudeste do país. Enquanto os maiores números de casos registrados  são Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo.

As mortes confirmadas estão concentradas na região Sudeste. O perfil dos óbitos confirmados é principalmente de homens, 58,8%, acima de 69 anos, 70,6%.

A doença é transmitida por mosquitos, o Aedes aegypti é transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya. A chikungunya é caracterizada por sintomas como febre alta de início repentino e dores intensas nas articulações.

Diferente da dengue, a chikungunya é a dor nas articulações, muito mais intensa, afetando principalmente pés e mãos, geralmente nos tornozelos e pulsos.

Principais criadouros

  • Piscinas
  • Pneus
  • Calhas
  • Caixa d’água
  • Ralos
  • Lonas
  • Vasos de plantas
  • Objetos que possam acumular água parada
  • Garrafas destampadas
  • Entulho
  • Vaso sanitário sem uso
  • Bandeja de ar-condicionado

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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