O Facebook e o Whatsapp deverão excluir imagens e vídeos do corpo do cantor Cristiano Araújo. A decisão judicial ocorre oito anos após a morte do sertanejo. A rede social havia recorrido da medida proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) sob alegação de que não responde aos interesses do mensageiro no Brasil. A retirada foi solicitada pelo pai do artista, João Araújo, e a confirmação da sentença foi unânime entre os desembargadores.
“O tribunal, em decisão emblemática, atestou a capacidade da empresa em realizar tal bloqueio para impedir o compartilhamento de conteúdo ilegal, a partir da técnica mencionada [bloqueio do compartilhamento de arquivos identificados via hash]”, sustentou o advogado da família, Rafael Maciel.
Um homem de 22 anos teria anunciado na internet e compartilhado as imagens da necropsia do famoso. Ele foi preso em flagrante em Brasília neste mês de abril por ter feito o mesmo com a cantora Marília Mendonça e o cantor Gabriel Diniz – ambos vítima de acidente de avião.
O esforço da investigação policial é para descobrir como ele acessou as imagens. O Código Penal estabelece que o desrespeito, desprezo ou desdém de cadáveres, cinzas e objetos dos mortos pode ser punido com um a três anos de reclusão e pagamento de multa.
Relembre
Cristiano morreu no auge da carreira musical aos 29 anos de idade em um acidente de carro. Ele estava acompanhado da namorada Allana Moraes, que também faleceu após capotamento do veículo ao sair da pista da BR-153. O casal voltava de um show do artista em Itumbiara. O motorista e o empresário do sertanejo sobreviveram. A hipótese é que o casal foi arremessado da Land Rover com velocidade de 179 km/h porque estava sem cinto de segurança.