Mais de 57% da população goiana está acima do peso

57,3% da população goiana está acima do peso

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgou, nesta quarta-feira, 26, o resultado do primeiro inquérito de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis por Inquérito Telefônico (Vigitel). Realizado de janeiro a abril de 2022, com mais de 5 mil adultos, a pesquisa indica que 22,6% dos adultos em Goiás já tiveram um diagnóstico médico de hipertensão, 13,1% são fumantes e 57,3% se declararam acima do peso.

 

O secretário da Saúde de Goiás, Sérgio Vencio, alertou que os dados são preocupantes.

 

“Primeiro, é muito importante que se tenha o dado. Com ele, é possível mapear todos os fatores de risco da população. Com essas informações consolidadas, já é possível afirmar que a situação geral é preocupante, considerando, por exemplo, que um a cada quatro goianos têm hipertensão arterial”, avaliou, na apresentação da pesquisa, no auditório da Escola de Saúde de Goiás.

 

Vencio também chamou a atenção para o aumento da obesidade. “Após a pandemia, houve um acréscimo do sedentarismo e do consumo de bebidas alcoólicas. Essas características impactam no ganho de peso, que está na base das inflamações que geram a diabetes, a hipertensão e as doenças cardiovasculares. Esse é um dado extremamente preocupante, e precisamos combater esse cenário, juntamente com os municípios”, alertou ainda o secretário, citando também o aumento do tabagismo.

 

Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, o levantamento é essencial para subsidiar políticas públicas, pois identificam riscos que contribuem para o aumento de mortes evitáveis. “Com o inquérito é possível identificar onde devemos agir com mais ênfase e realizar o monitoramento das ações implantadas, observando se tiveram o impacto esperado”, avalia. “Com os números, é possível personalizar as ações, atendendo a necessidade de cada localidade”, reforça.

 

A gerente de Vigilância Epidemiológica de Agravos Não Transmissíveis e Promoção à Saúde, Magna Maria Carvalho, também pontuou que alguns números chamaram grande atenção para toda a gestão. “Observamos a prevalência do uso do cigarro eletrônico entre a população jovem e, 14% da população entre 18 e 24 anos afirmaram fazer uso do produto. Já entre os que pegam o volante após o consumo de bebida alcoólica, 10% afirmaram ter essa prática”, lembrou.

 

Mudança de hábitos

 

Para Sérgio Vencio, é preciso mudar a mentalidade da população para que busque a prevenção. “Hoje temos uma rede muito grande para atendimento de urgência e emergência, mas as pessoas se acostumaram a procurar ajuda médica somente quando existe algum sintoma”, explica. “Estamos falando de doenças crônicas não transmissíveis, e elas podem ser evitadas. Se a pessoa reduzir o consumo de 500 calorias por dia e fizer atividades físicas três vezes por semana, é possível prevenir 60% dos casos de diabetes”, conclui.

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Hetrin alerta sobre riscos do uso de suplementos vitamínicos sem orientação

A rotina agitada muitas vezes impede refeições equilibradas e hábitos saudáveis, resultando em fraqueza e cansaço. Com a ingestão reduzida de legumes, frutas e verduras, muitos recorrem a suplementos vitamínicos, sem orientação, o que pode trazer riscos à saúde.

Médica do pronto-socorro do Hetrin (Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos), Natália Sardinha alerta sobre os riscos de usar suplementos vitamínicos sem orientação médica, o que pode trazer sérios riscos à saúde.

“A suplementação deve ser considerada apenas quando há uma deficiência diagnosticada, sendo essencial que o médico avalie os sintomas do paciente e, se necessário, solicite exames para confirmar a necessidade de reposição”, orienta a médica da unidade de saúde do Governo de Goiás.

Ela ressalta que, em muitos casos, uma dieta balanceada é suficiente para fornecer os nutrientes essenciais sem a necessidade de suplementação adicional.

Para os idosos, porém, a médica observa que as mudanças fisiológicas, associadas ao envelhecimento, como a alteração do olfato e paladar, podem afetar a alimentação.

“A idade avançada pode aumentar a necessidade de proteínas, reduzir a biodisponibilidade da vitamina D e diminuir a absorção de nutrientes como a vitamina B6, fatores que tornam a avaliação nutricional ainda mais importante”, explica a médica.

Suplementos vitamínicos

O alerta aponta que o uso de vitaminas, sem acompanhamento profissional, pode ser prejudicial.

“O uso excessivo de vitaminas pode, por exemplo, levar à intoxicação, além de afetar órgãos como os rins e o fígado”, pontua Dra. Natália.

Outro ponto preocupante são as recomendações não verificadas nas redes sociais com promessas de benefícios como rejuvenescimento, fortalecimento de cabelo, imunidade e disposição.

“Seguir essas indicações pode levar ao consumo desnecessário de vitaminas, sobrecarregando o organismo”, adverte a médica, reforçando a importância de consultar sempre um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tipo de suplementação, garantindo segurança e eficácia no tratamento.

 

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