Goiás registra 646 casos de mão-pé-boca em 2023

Goiás registrou 56 surtos da doença mão-pé-boca entre 1º de janeiro e 26 de abril de 2023. No mesmo período, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), foram contabilizados 646 casos suspeitos da doença, totalizando mais de cinco notificações do vírus vírus por dia. 

Os pacientes foram identificados em 14 cidades, sendo que Goiânia e Aparecida concentram 64,8% de todos os casos suspeitos no estado. O município aparecidense aparece como o que mais registrou casos suspeitos com 288 notificações (44,5% do total), seguido por Goiânia (20,2% do total) e Santo Antônio da Barra (9,9% do total).

As demais cidades com a possível presença do vírus são: Mundo Novo (40), Silvânia (37), Pires do Rio (23), Ouvidor (13), Cumari (11), Corumbaíba (11), Caldas Novas (10), Cezarina (6), Jesúpolis (5), Carmo do Rio Verde (4) e Barro Alto (3).

Sintomas e tratamento

A mão-pé-boca pode causar estomatites (um tipo de afta que afeta a região interna da boca), dificuldade para engolir, salivação e febre alta nos primeiros dias. Posteriormente, os sintomas são pequenas bolhas nas mãos e nas plantas dos pés, manchas vermelhas na boca, amídalas e faringe. A doença também pode provocar falta de apetite, vômitos e diarreia.

A recuperação pode levar de 7 a 10 dias. Analgésicos, antitérmicos e hidratação podem ser usados para tratar os sintomas. O isolamento social dos pacientes é recomendado para evitar a transmissão. As crianças não devem ir para a creche ou escola por cerca de sete dias ou até o desaparecimento das lesões de pele.

Prevenção

As principais medidas preventivas são o cuidado com a higiene básica, como lavar bem as mãos, e evitar aglomerações, principalmente, durante períodos de surto. Confira outros cuidados:

  • Evitar compartilhar objetos como pomadas e lenço umedecido nas trocas de fraldas;
  • Evitar o contato das mãos com a boca;
  • Higienizar itens de uso pessoal e do ambiente com solução de álcool etílico 70% ou desinfecção com solução clorada;
  • Evitar a circulação de crianças menores de cinco anos em aglomerações públicas nos períodos de surto.

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Quase 19% das pessoas que tiveram covid-19 têm sintomas persistentes

Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde mostra que 18,9% das pessoas que já foram infectadas pela covid-19 relatam sintomas persistentes da doença, como cansaço, perda de memória, ansiedade, dificuldade de concentração, dores articulares e perda de cabelo. Os sintomas pós-covid aparecem com mais frequência entre mulheres e indígenas. 

A pesquisa Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil, apresentada nesta quarta-feira, 18, mostra que mais de 28% da população brasileira, o equivalente a 60 milhões de pessoas, relatou ter sido infectada pela doença.

Vacina

De acordo com o estudo, a vacinação contra a covid-19 teve adesão de 90,2% dos entrevistados, que receberam pelo menos uma dose e 84,6% completou o esquema vacinal com duas doses. A vacinação foi maior na Região Sudeste, entre idosos, mulheres e pessoas com maior escolaridade e renda.

Entre os entrevistados, 57,6% afirmaram confiar na vacina contra a convid-19, mas a desconfiança das informações sobre o imunizante foi relatada por 27,3% da população. Outros 15,1% disseram ser indiferente ao assunto.

Entre aqueles que não se vacinaram, 32,4% disseram não acreditar na vacina e 0,5% não acreditam na existência do vírus. Outros 31% relataram que a vacina poderia fazer mal à saúde; 2,5% informou já ter pego covid-19 e 1,7%, outros problemas de saúde.

Pesquisa

O Epicovid 2.0 foi conduzido em 133 cidades, com uma amostra de 33.250 entrevistas. As pessoas entrevistadas foram selecionadas aleatoriamente, com apenas uma pessoa por residência respondendo ao questionário.

Sob coordenação do Ministério da Saúde, a pesquisa foi realizada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com participação da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Fundação Getulio Vargas (FGV).

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