Emirados Árabes anunciam apoio à ampliação de relações com Goiás

O governo dos Emirados Árabes Unidos anunciou ontem(28), durante reunião de trabalho com o governador Marconi Perillo e os demais integrantes da Missão Comercial de Goiás, apoio às tratativas para a ampliação das relações bilaterais entre a nação e o Estado. O príncipe da família regente dos Emirados Árabes, Mohammed Bin Khalifa Al Nahyan, recebeu Marconi e participou das reuniões na sede da Caracal Internacional e no fundo soberano Mubadala, em Abu Dhabi, no terceiro de trabalho da missão ao Oriente Médio.

Mohammed Bin Khalifa Al Nahyan e Marconi conversaram sobre a ampliação das relações comerciais e de intercâmbio cultural entre os Emirados Árabes e Goiás. O governador teve agendas de trabalho em Abu Dabi nesta terça-feira e no domingo e ontem esteve em Dubai. Nos dois emirados, Marconi apresentou as potencialidades da economia de Goiás para investidores, esteve nos fundos soberanos Mubadala e Abu Dhabi Investment Authority (ADIA) e iniciou as tratativas para investimentos privados no trem de passageiros Goiânia-Brasília, no Aeroporto de Cargas de Anápolis, em energia e saneamento, e para a ampliação do comércio de produtos agrícolas.

Marconi mostrou ao príncipe regente que Goiás possui índices econômicos acima da média nacional e foi campeão na geração de empregos nos dois últimos anos. O príncipe Mohammed também afirmou que apoia o empreendimento da empresa bélica Caracal no Estado. A assinatura do protocolo de inteções ocorreu nesta terça-feira, em Abu Dhabi.

Mohammed Bin Khalifa disse que este primeiro investimento privado em Goiás pode ser o início de uma grande relação entre Goiás e Emirados Árabes. “Estamos muito felizes em recebê-los para discutir parcerias nas áreas comercial, econômica e cultural. Temos muito interesse em aprofundar nossas relações de trabalho e investimento com o Brasil”, disse o príncipe regente.

Prioridades para investimentos
Entre as prioridades do Governo de Goiás para a captação de investimentos privados está a construção do trem de passageiros Goiânia-Brasília, cujo Estudo de Viabilidade Ecomômica, Técnica e Ambiental (EVTEA) acaba de ser entregue a Marconi pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O estudo estabelece a captação de R$ 7,5 bilhões de investidores privados para a construção os trilhos e implantação do trem, com R$ 2,5 bilhões em recursos públicos pulverizados durante os 30 anos da concessão de exploração da linha de passageiros entre Goiânia e Brasília.

Marconi afirmou nesta terça-feira que a Missão Comercial do Governo de Goiás a Abu Dabi e Dubai evidenciou o profundo interesse dos investidores dos dois emirados árabes em realizar investimentos em diferentes setores do Estado, com destaque para o agronegócio. “Tivemos reuniões importantíssimas para o futuro de nossas relações econômicas bilaterais, com a apresentação das potencialidades econômicas de Goiás para investidores e os fundos soberanos dos dois emirados”, afirmou Marconi após liderar o Seminário de Negócios como Investir em Goiás, em Abu Dhabi.

No seminário, Marconi destacou o peso da economia do agronegócio em Goiás, que se diversificou e passou por forte processo de industrialização nos últimos anos. O governador ressaltou o estímulo dado pelo Governo do Estado à produção e diversificação das matrizes energéticas. Relatou o processo de privatização da Celg Distribuição, com o apoio do governo federal, para garantir os investimentos na ampliação da distribuição de energia, a participação decisiva de Goiás na produção de etanol e a criação do Programa Goiás Solar, para implantação de plantas de energia solar.

Fonte: Gabinete de Imprensa do Governador

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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