No Tocantins, Caiado define ações conjuntas de combate a criminosos

No Tocantins, Caiado define ações conjuntas de combate a criminosos

O governador Ronaldo Caiado reafirmou na tarde desta sexta-feira, 28, a atuação conjunta com outros estados no combate ao crime organizado. Em Pium, no Tocantins, Caiado reuniu-se com os governadores de Mato Grosso, Mauro Mendes, e de Tocantins, Wanderley Barbosa, no local onde forças de segurança dos três estados e do Pará trabalham na captura de criminosos que, em 9 de abril, atacaram uma base da PM em Confresa (MT), invadiram uma empresa de transporte de valores e intimidaram a população local.

“Aqui temos uma ação para mostrar a todos os criminosos deste país, que os estados não vão se ajoelhar diante do crime. É um atestado que sabemos enfrentar a criminalidade”, disse o governador Ronaldo Caiado durante encontro realizado na Fazenda Agrojan, em Pium, onde os suspeitos também agiram e fizeram uma família refém.

No local está montado uma espécie de Quartel General (QG), onde as forças de segurança de quatro estados (Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Pará) estabelecem estratégias para encontrar os criminosos. São mais de 100 homens de batalhões especializados que integram a caçada aos suspeitos. “Hoje, qualquer ação de quadrilha, seja ela qual for, em nossa região terá a repressão dos quatro estados”, garantiu o governador Ronaldo Caiado.

Até o momento, dos cerca de 20 suspeitos da ação criminosa, três foram presos e oito foram mortos em confrontos com as forças policiais. Inclusive, um deles foi localizado e morto durante troca de tiros com militares do Comando de Operações de Divisas (COD) da Polícia Militar de Goiás (PM-GO), em uma região de mata, em Pium. Ele tinha mais de 10 passagens criminais.

“Temos pessoas preparadas em nossos batalhões especializados e essa irmandade que se cria, essa interação de nossas forças de segurança, mostra que aqui não temos fronteiras, temos essa região toda com o único objetivo: dar tranquilidade para todas as pessoas que aqui vivem”, reafirmou Caiado.

Apoio

A Polícia Militar de Goiás, após determinação do governador Ronaldo Caiado, deu apoio na busca dos criminosos desde o início da ação em Mato Grosso, com o envio de tropa da corporação goiana para ajudar na localização e prisão dos suspeitos.

Armados com fuzis e divididos em vários veículos, os bandidos fizeram um verdadeiro cenário de terror em Confresa, que fica na divisa com o oeste goiano. Em uma ação conhecida como “novo cangaço”, os suspeitos atacaram vários pontos da cidade, atiraram pelas ruas e incendiaram veículos para intimidar a população local. A sede da empresa de valores ficou destruída, mas nenhum dinheiro foi levado.

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Ex-marqueteiro de Milei é indiciado pela PF por tentativa de golpe

Fernando Cerimedo, um influenciador argentino e ex-estrategista do presidente argentino Javier Milei, é o único estrangeiro na lista de 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal (PF) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. Essas indecisões foram anunciadas na quinta-feira, 21 de novembro.

Cerimedo é aliado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e teria atuado no ‘Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral’, um dos grupos identificados pelas investigações. Além dele, outras 36 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta seu terceiro indiciamento em 2024.

Em 2022, o influenciador foi uma das vozes nas redes sociais que espalhou notícias falsas informando que a votação havia sido fraudada e que, na verdade, Bolsonaro teria vencido Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Além disso, ele também foi responsável por divulgar um ‘dossiê’ com um conjunto de informações falsas sobre eleições no país. Em vídeos, ele disse que algumas urnas fabricadas antes de 2020 teriam dois programas rodando juntos, indicando que elas poderiam ter falhas durante a contagem de votos.

Investigações

As investigações, que duraram quase dois anos, envolveram quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de colaboração premiada, buscas e apreensões. A PF identificou vários núcleos dentro do grupo golpista, como o ‘Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado’, ‘Núcleo Jurídico’, ‘Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas’, ‘Núcleo de Inteligência Paralela’ e ‘Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas’.

Os indiciados responderão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A lista inclui 25 militares, entre eles os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, todos ex-ministros de Jair Bolsonaro. O salário desses militares, que variam de R$ 10.027,26 a R$ 37.988,22, custa à União R$ 675 mil por mês, totalizando R$ 8,78 milhões por ano.

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